quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

PARASHÁ VAERÁ `x ` e

PARASHÁ VAERÁ `x ` e

Parashah – SHEMOT – Ex.6:1 - 9:35
Haftarah – Ez. 28:35 – 29:21

26 de TEVET de 5768 / 04 de JANEIRO de 2008


A dureza de Faraó: Com intrepidez Moshê e Aharon se apresentaram na sala de audiências de Faraó e lhe comunicaram a exigência do Eterno. Por que D’us exigiu de Faraó somente a permissão de que seu povo fosse ao deserto para celebrar festa por três dias, quando pensava em efetuar sua saída permanentemente? D’us provou ao rei com uma petição pequena sabendo com antecedência a dureza de seu coração. Faraó respondeu com arrogância: “Quem é o D’us, cuja voz eu ouvirei?” Os faraós eram vistos como filhos de Rá, o deus solar do Egito, de maneira que Faraó se considerava a si mesmo um deus. Não tardou em comunicar a única razão pela qual desejavam celebrar a festa era estar demasiado ocioso, e tornou mais pesado o trabalho dos hebreus negando-lhes a palha necessária para produzir tijolos.

A atitude de Faraó não somente deixou os hebreus mais desejosos de sair do Egito, mas também os ajudou a perceber que somente o poder de D’us poderia livrá-los. Com frequência, quando D’us começa a emancipar o homem do pecado, o efeito imediato é o aumento de dificuldades. Assim os primeiros feitos de Moshê só pioraram a situação, pois o inimigo de nossas almas (contra-inteligência) não se dá por vencido sem lutar tenazmente.

Os hebreus culparam amargamente a Moshê e este, por sua vez protestou perante o Eterno. Foi Faraó quem disse: “Quem é o D’us?” Contudo, Faraó e os egípcios não eram os únicos que necessitavam ver a natureza de D’us. Israel o necessitava, e Moshê também. D’us respondeu a seu desanimado servo, reiterando as promessas feitas aos patriarcas e de novo prometeu livrar a seu povo.

Os israelitas encontravam-se tão desanimados depois da negativa de Faraó que não quiseram sequer ouvir a Moshê quando este lhes transmitiu o que o Eterno lhe havia revela. Era óbvio que se D’us os salvava, tinha de faze-lo por pura graça. Somente depois que Israel veio a sentir-se completamente impotente foi que D’us começou a revelar-se por meio das pragas. O Eterno mandou Moshê dizer a Faraó que deixasse o povo hebreu sair. Prometeu fazer de Moshê um operador de prodígios, de modo que Faraó o visse como um deus e Aharon, porta-voz de Moshê, fosse visto como profeta.

As pragas: Uma das palavras hebraicas que se traduzem por praga no êxodo significa dar golpes ou ferir. Outras duas palavras descrevem as pragas como sinais e juízos. De modo que as pragas foram tanto sinais divinos que demonstraram que o Eterno é D’us supremo, como atos divinos pelos quais D’us julgou os egípcios e libertou a seu povo.

As pragas foram resposta de D’us à pergunta de Faraó: ”Quem é o D’us, cuja voz eu ouvirei?” Cada praga foi, por outro lado, um deságio aos deuses egípcios e uma censura à idolatria. Os egípcios prestavam culto às forças da natureza tais como o rio Nilo, o sol, a Lua, a Terra, o touro e muitos outros animais. Agora as divindades egípcias ficaram em evidente demonstração de sua impotência perante o Eterno, não podendo proteger aos egípcios nem intervir a favor de ninguém.

A ordem das pragas é a seguinte:
A água do Nilo converteu-se em sangue. Foi um golpe conta Hapi, o deus das inundações do Nilo.

A terra ficou infestada de rãs. Os egípcios relacionavam as rãs com os deuses Hapi e Ecte.

A praga dos piolhos. O pó da terra, considerado sagrado no Egito, converteu-se em insetos muitos importunadores.

Enormes enxames de moscas encheram o Egito. Deve ter sido um tormento para os egípcios.

Morreu o gado. Amom, o deus adorado em todo o Egito, era um carneiro, animal sagrado. No Baixo Egito eram adoradas diversas divindades cujas formas eram de carneiro, de bode ou de touro.

As cinzas que os sacerdotes egípcios espalhavam como sinal de bênção causaram úlceras dolorosas.

A tempestade de trovões, raios e saraiva devastou a vegetação destruiu as colheitas de cevada e de linho e matou os animais do Egito. Este tipo de tempestade era quase desconhecido no Egito. O termo trovão em hebraico significa literalmente vozes de D’us e aqui se insinua que D’us falava em juízo. Os egípcios que escutaram a advertência misericordiosa de D’us, salvaram seu gado.

A praga de gafanhotos trazida por um vento oriental consumiu a vegetação que havia sobrado da tempestade de saraiva. Os deuses Isis e Seráfis foram impotentes, eles que supostamente protegiam o Egito dos gafanhotos.

As trevas que caíram sobre o país foram o grande golpe contra todos os deuses, especialmente contra Rá, o deus solar. Os luminares celestes, objetos de culto, eram incapazes de penetrar a densa escuridão. Foi um golpe direto contra o próprio fará, suposto filho do Sol.

A morte dos primogênitos. O Egito havia oprimido o primogênito do Eterno e agora eles próprios sofriam a perda de todos os seus primogênitos.


Observação sobre as pragas: Calcula-se que o período das pragas tenha durado pouco menos de um ano. As primeiras três pragas: sangue, rãs e piolhos caíram tanto sobre Israel como na terra egípcia, pois D’us quis ensinar a ambos os povos que erro o Eterno. Mas os sete seguintes açoites castigaram somente aos egípcios para que soubessem que o D’us que cuidava de Israel era também o soberano do Egito e mais forte do que seus deuses. As pragas foram progressivamente mais severas até que quase destruíram o Egito.

As nove primeiras pragas podem ser divididas em três grupos de três pragas cada um. O primeiro grupo: água convertida em sangue, rãs e piolhos causaram asco e repugnância. O segundo grupo: as moscas que picavam a peste sobre o gado e as úlceras sobre os egípcios caracterizavam-se por serem muito doloridas. O ultimo grupo: a saraiva, os gafanhotos e as trevas foram dirigidas contra a natureza; estas últimas produziram grande consternação. A morte dos primogênitos foi o golpe esmagador.

Os feiticeiros egípcios imitaram os dois primeiros açoites, mas quando o Egito foi ferido de piolhos, confessaram que o poder de D’us era superior ao deles e que esta praga era realmente sobrenatural. Os magos não tiveram de reproduzir a praga de úlceras. Não puderam livrar-se a si mesmos dos terríveis juízos nem muito menos a todo o Egito.

Em resumo, as pragas cumpriram os seguintes propósitos:
Demonstraram que o Eterno é o D’us supremo e soberano. Tanto os israelitas como os egípcios souberam quem era o Eterno. Derrocaram as divindades do Egito. Castigaram os egípcios por haverem oprimido aos israelitas e por lhes haverem amargado tanto a vida. Efetuaram o livramento de Israel e o prepararam para conduzir-se em obediência e fé.

Shabat Shalom.
MSc. Moshe ben Mazal`x ` e

Parashah – SHEMOT – Ex.6:1 - 9:35
Haftarah – Ez. 28:35 – 29:21

26 de TEVET de 5768 / 04 de JANEIRO de 2008


A dureza de Faraó: Com intrepidez Moshê e Aharon se apresentaram na sala de audiências de Faraó e lhe comunicaram a exigência do Eterno. Por que D’us exigiu de Faraó somente a permissão de que seu povo fosse ao deserto para celebrar festa por três dias, quando pensava em efetuar sua saída permanentemente? D’us provou ao rei com uma petição pequena sabendo com antecedência a dureza de seu coração. Faraó respondeu com arrogância: “Quem é o D’us, cuja voz eu ouvirei?” Os faraós eram vistos como filhos de Rá, o deus solar do Egito, de maneira que Faraó se considerava a si mesmo um deus. Não tardou em comunicar a única razão pela qual desejavam celebrar a festa era estar demasiado ocioso, e tornou mais pesado o trabalho dos hebreus negando-lhes a palha necessária para produzir tijolos.

A atitude de Faraó não somente deixou os hebreus mais desejosos de sair do Egito, mas também os ajudou a perceber que somente o poder de D’us poderia livrá-los. Com frequência, quando D’us começa a emancipar o homem do pecado, o efeito imediato é o aumento de dificuldades. Assim os primeiros feitos de Moshê só pioraram a situação, pois o inimigo de nossas almas (contra-inteligência) não se dá por vencido sem lutar tenazmente.

Os hebreus culparam amargamente a Moshê e este, por sua vez protestou perante o Eterno. Foi Faraó quem disse: “Quem é o D’us?” Contudo, Faraó e os egípcios não eram os únicos que necessitavam ver a natureza de D’us. Israel o necessitava, e Moshê também. D’us respondeu a seu desanimado servo, reiterando as promessas feitas aos patriarcas e de novo prometeu livrar a seu povo.

Os israelitas encontravam-se tão desanimados depois da negativa de Faraó que não quiseram sequer ouvir a Moshê quando este lhes transmitiu o que o Eterno lhe havia revela. Era óbvio que se D’us os salvava, tinha de faze-lo por pura graça. Somente depois que Israel veio a sentir-se completamente impotente foi que D’us começou a revelar-se por meio das pragas. O Eterno mandou Moshê dizer a Faraó que deixasse o povo hebreu sair. Prometeu fazer de Moshê um operador de prodígios, de modo que Faraó o visse como um deus e Aharon, porta-voz de Moshê, fosse visto como profeta.

As pragas: Uma das palavras hebraicas que se traduzem por praga no êxodo significa dar golpes ou ferir. Outras duas palavras descrevem as pragas como sinais e juízos. De modo que as pragas foram tanto sinais divinos que demonstraram que o Eterno é D’us supremo, como atos divinos pelos quais D’us julgou os egípcios e libertou a seu povo.

As pragas foram resposta de D’us à pergunta de Faraó: ”Quem é o D’us, cuja voz eu ouvirei?” Cada praga foi, por outro lado, um deságio aos deuses egípcios e uma censura à idolatria. Os egípcios prestavam culto às forças da natureza tais como o rio Nilo, o sol, a Lua, a Terra, o touro e muitos outros animais. Agora as divindades egípcias ficaram em evidente demonstração de sua impotência perante o Eterno, não podendo proteger aos egípcios nem intervir a favor de ninguém.

A ordem das pragas é a seguinte:
A água do Nilo converteu-se em sangue. Foi um golpe conta Hapi, o deus das inundações do Nilo.

A terra ficou infestada de rãs. Os egípcios relacionavam as rãs com os deuses Hapi e Ecte.

A praga dos piolhos. O pó da terra, considerado sagrado no Egito, converteu-se em insetos muitos importunadores.

Enormes enxames de moscas encheram o Egito. Deve ter sido um tormento para os egípcios.

Morreu o gado. Amom, o deus adorado em todo o Egito, era um carneiro, animal sagrado. No Baixo Egito eram adoradas diversas divindades cujas formas eram de carneiro, de bode ou de touro.

As cinzas que os sacerdotes egípcios espalhavam como sinal de bênção causaram úlceras dolorosas.

A tempestade de trovões, raios e saraiva devastou a vegetação destruiu as colheitas de cevada e de linho e matou os animais do Egito. Este tipo de tempestade era quase desconhecido no Egito. O termo trovão em hebraico significa literalmente vozes de D’us e aqui se insinua que D’us falava em juízo. Os egípcios que escutaram a advertência misericordiosa de D’us, salvaram seu gado.

A praga de gafanhotos trazida por um vento oriental consumiu a vegetação que havia sobrado da tempestade de saraiva. Os deuses Isis e Seráfis foram impotentes, eles que supostamente protegiam o Egito dos gafanhotos.

As trevas que caíram sobre o país foram o grande golpe contra todos os deuses, especialmente contra Rá, o deus solar. Os luminares celestes, objetos de culto, eram incapazes de penetrar a densa escuridão. Foi um golpe direto contra o próprio fará, suposto filho do Sol.

A morte dos primogênitos. O Egito havia oprimido o primogênito do Eterno e agora eles próprios sofriam a perda de todos os seus primogênitos.


Observação sobre as pragas: Calcula-se que o período das pragas tenha durado pouco menos de um ano. As primeiras três pragas: sangue, rãs e piolhos caíram tanto sobre Israel como na terra egípcia, pois D’us quis ensinar a ambos os povos que erro o Eterno. Mas os sete seguintes açoites castigaram somente aos egípcios para que soubessem que o D’us que cuidava de Israel era também o soberano do Egito e mais forte do que seus deuses. As pragas foram progressivamente mais severas até que quase destruíram o Egito.

As nove primeiras pragas podem ser divididas em três grupos de três pragas cada um. O primeiro grupo: água convertida em sangue, rãs e piolhos causaram asco e repugnância. O segundo grupo: as moscas que picavam a peste sobre o gado e as úlceras sobre os egípcios caracterizavam-se por serem muito doloridas. O ultimo grupo: a saraiva, os gafanhotos e as trevas foram dirigidas contra a natureza; estas últimas produziram grande consternação. A morte dos primogênitos foi o golpe esmagador.

Os feiticeiros egípcios imitaram os dois primeiros açoites, mas quando o Egito foi ferido de piolhos, confessaram que o poder de D’us era superior ao deles e que esta praga era realmente sobrenatural. Os magos não tiveram de reproduzir a praga de úlceras. Não puderam livrar-se a si mesmos dos terríveis juízos nem muito menos a todo o Egito.

Em resumo, as pragas cumpriram os seguintes propósitos:
Demonstraram que o Eterno é o D’us supremo e soberano. Tanto os israelitas como os egípcios souberam quem era o Eterno. Derrocaram as divindades do Egito. Castigaram os egípcios por haverem oprimido aos israelitas e por lhes haverem amargado tanto a vida. Efetuaram o livramento de Israel e o prepararam para conduzir-se em obediência e fé.

Shabat Shalom.
MSc. Moshe ben Mazal

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