quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

PARASHÁ VAERÁ `x ` e


Chuva, um Rio, Fogo e Gelo.

Na noite de sua entrada na Terra Prometida, Moshê descreveu aos Filhos de Israel a natureza de sua nova terra-natal da seguinte maneira:

Pois a terra em que vocês estão entrando para herdar não é como a terra do Egito da qual vocês estão vindo... é uma terra de coluna e vales que bebe água de chuva dos céus (Devarim 11:10)

Nossos Sábios explicam que isto distingue a Terra de Israel da “terra da qual vocês estão vindo” já que “a terra do Egito não bebe água de chuva; em vez disso, o Nilo se ergue e a abastece” (Rashi, Bereshit 47:10).

Chuva representa o relacionamento recíproco entre céu e terra. Os ensinamentos chassídicos citam a descrição da Torá (Bereshit 2:6) da primeira chuva: “Um vapor se eleva da terra” para os céus e os céus o retornam como chuva que “sacia a face da terra”. Isto, explicam os mestres chassídicos, representa a verdade espiritual que “um despertar vindo de baixo provoca um despertar vindo de cima” – que D'us responde aos esforços do homem, retribuindo nossas rezas, desejos e ações com bênçãos de Cima.

Mas a chuva sozinha não é suficiente para fazer a terra florescer e frutificar. O solo deve ser arado – quebrado e amaciado – antes de poder receber a semente e absorver a chuva. Espiritualmente, isto significa que não é suficiente enviar “vapores” de sentimentos elevados e trabalhos virtuais; devemos primeiro “arar” o ego, esmagar as pedras da brutalidade e da arrogância de nossa personalidade para fazermos nossa vida receptiva ao fluxo de bênçãos divinas de Cima.

Na “Terra de Israel”, os aramos e somos nutridos pela chuva. Mas, no “Egito”, as coisas são diferentes. Os egípcios são nutridos não pela chuva que desce, mas pelo transbordamento do Nilo que periodicamente inundava a terra. Nem era necessário ara seu solo: as águas da enchente do Nilo deixavam para trás uma camada de lama extremamente fértil que não precisava ser quebrada antes do plantio.

O “egípcio” espiritual é aquele que não reconhece a fonte Celestial das bênçãos da vida, ele acredita que tudo é gerado de baixo para cima – que tudo que ele tem e realizou foi feito por ele mesmo. Nem ele vê a necessidade de “arar” sua personalidade – ele está satisfeito como ele é, com pedras e tudo.

Chuva Pervertida

Quando a chuva cai no Egito, ela cai como granizo – granizo que é fogo por fora e gelo por dentro. Assim, a Torá descreve a sétima das “Dez Pragas” que atingiram os egípcios:

E D'us choveu granizo sobre a terra do Egito. E houve granizo, e fogo queimando dentro do granizo... (Shemot 9:23-24)

Nós freqüentemente falamos de personalidades “quentes” e “frias”. Alguém “caloroso” é apaixonado, amável, extrovertida, alguém sempre pronto para estender a mão e um sorriso ao próximo. Uma pessoa “fria” é reservada, egoísta, indiferente à sorte dos outros. Mas o indivíduo frio também está em chamas – incendiado com amor próprio, incandescido com paixões egoístas. De fato, é o seu excesso de calor interior que é a causa de seu exterior gelado.

Quando a chuva cai no Egito, ela cai como um granizo de fogo recoberto por gelo. Nesta terra não arada, onde a fonte Celestial de sua água não é vista e reconhecida, o alimento que desce de Cima é pervertido como uma fonte de egoísmo exacerbado e grande alienação entre o homem e seu próximo.

Rabino Yanki Tauber

Tradutor: Moishe (a.k.a. Maurício) Klajnberg







RESUMO DA PARASHAH VAERÁ:

A Parashá Em Uma Clipá (Casca) de Noz

SHEMOT 6:2 – 9:35


D’us Se revela a Moshê. Usando as “quatro expressões de redenção”, Ele promete tirar os Filhos de Israel do Egito, libertá-los de sua escravidão, redimi-los e escolhê-los como Seu próprio povo escolhido no Monte Sinai; Ele, então, os levará para a Terra que Ele prometeu aos Patriarcas como sua herança eterna.

Moshê e Aharon vão repetidas vezes ao Faraó para exigir em nome de D’us que ele “deixe Meu povo ir, para que eles possam Me servir no deserto”. O Fará se recusa repetidamente. O cajado de Aharon se transforma em uma cobra e engole os bastões mágicos dos feiticeiros egípcios. D’us, então, envia uma série de pragas sobre os egípcios.

As águas do Nilo se transformam em sangue; enxames de rãs invadem a terra; piolhos infestam homens e animais. Hordas de animais selvagens invadem as cidades; furúnculos dolorosos afligem os egípcios. Para a sétima praga, fogo e gelo se combinam para descer dos céus como um granizo devastador. Mesmo assim, “o coração do Faraó foi endurecido e ele não deixou os filhos de Israel saírem, como D’us tinha dito a Moshê”.













HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT


Início do Shabat (Sexta-feira).

26 de TEVET de 5768 (04 de JANEIRO de 2008)


Acender as velas ANTES do horário indicado

Rio de Janeiro S. Paulo P. Alegre Brasília Belém Salvador
19:21 19:37 20:10 19:27 18:05 17:45



Final do Shabat (Sábado).

27de TEVET de 5768 (05 de DEZEMBRO de 2008)


Rio de Janeiro S. Paulo P. Alegre Brasília Belém Salvador
20:31 20:47 21:20 20:37 19:15 18:55


Na Sexta-feira, acenda as velas somente ANTES do horário indicado.
Ao ascender às duas velas kasher, primeira a da direita e depois a da esquerda, faz-se três movimentos circulares com as mãos, de fora para dentro em volta das velas, e em seguida cubra os olhos com as mãos e fale a seguinte bênção:

Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, asher kideshánu bemitsvotav, vetsivánu lehadlic ner shel Shabat kodesh.

Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D'us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos, e nos ordenou acender a vela do sagrado Shabat.

Ato contínuo, descubra os olhos e mire as chamas das velas. Reflita sobre a alegria em receber o Shabat; agradecendo a D’us por todas as bênçãos e pelo mérito de podermos cumprir a sua vontade.

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