domingo, 2 de dezembro de 2007

parasha vaieshev

PARASHÁ VAIESHEV a y i e

Velas: 19:04h
Termino: 20:03h

História da semana:

O Rabino Israel de Chortkov costumava contar a seguinte história sobre seu avô, o Rabino Aharon de Titov, neto do Baal Shem Tov: Quando jovem, o Rabino Aharon vivia em Konstantin. Sua estrela ainda não havia começado a brilhar no horizonte, e não se sabia quem realmente era aquele pobre estudante atrás do forno. Ele passava os dias estudando, e ninguém parecia se importar se ele tinha o suficiente para comer ou alimentar sua família, pois ele nunca falava com ninguém.

Quando não podia mais suportar a pobreza em sua casa, o rabino Aharon levantou-se e exclamou em voz alta diante de todas as pessoas do Beit Midrash (casa de estudos): "Por quanto tempo precisarei estar entre vocês para que percebam que sou neto do Baal Shem Tov e que estou morrendo de fome? Ninguém pergunta ou se importa?"

As pessoas estavam chocadas com a revelação. Não, eles não haviam prestado atenção no jovem estudante, e isso deveria ser concertado imediatamente. Assim, os gabaim reuniram-se prontamente e decidiram entregar uma verba semanal ao Rabino Aharon. Mais tarde, quando o Beit Midrash se esvaziara, o Rabino Avraham irrompeu em lágrimas de auto-acusação. "Por que eu tinha que abrir a boca? Por que tinha que pedir ajuda? Não me arranjara sempre, até hoje, confiando na misericórdia e bondade de D’us? Que coisa tola eu fiz, tornar-me dependente das graças da humanidade!".

Ele chorou amargamente. O que poderia fazer? Poderia trazer de volta palavras que já haviam sido ditas? Não, não poderia fazer isso. Mas poderia rezar para que D’us fizesse as pessoas se esquecerem das que tinham ouvido!
Decidido, o Rabino Avraham rezou durante toda à noite. Ficou do lado da mezuzá, implorando que D’us fizesse as pessoas se esquecerem do que dissera no Beit Midrash.
Na manhã seguinte, ele estava em seu lugar habitual, atrás do forno. Ninguém o notara; ninguém sequer parou para dizer-lhe "bom dia". Ele estava fora do alcance da vista. Quanto à comoção do dia anterior, quando todos prometeram ajudá-lo – tudo isso fora esquecido. Sua prece fora verdadeiramente aceita!

"Foi com meu avô" – disse o Rabino Israel – "que aprendi a simples explicação do midrash que declara que Yossef era afortunado por não depositar sua confiança nos seres humanos”. Mas a Tora relata especificamente que ele pedira ao copeiro que o lembrasse ao Faraó! É verdade. Por um momento, Yossef se esqueceu da sua confiança em D’us e apelou ao copeiro. Mas percebeu imediatamente seu pecado e rezou para D’us a fim de que fizesse o copeiro se esquecer do pedido.

Este é o significado de "... e o chefe dos copeiros não se lembrou de Yossef". Por que?Porque "esqueceu-o" – ou seja, Yossef fez que esquecesse, rezando para que D’us apagasse o pedido de sua mente.

Halachot da semana:

Guia prático de Chanuká - 2007 -

* Chanuká é uma festa muito especial e bonita. Todos gostam de participar: idosos, adultos e crianças. Portanto, temos que aproveitar essa oportunidade "caída dos céus" (literalmente) e acender a chanukiá com toda a família reunida. Quem trabalhar até tarde, é importante que nessa semana de Chanuká chegue em casa enquanto as crianças ainda não foram dormir.

* Uma pessoa que sabe que chegará bem tarde em casa pode pedir para que outra pessoa acenda as velas em sua casa por ela. No caso do marido, o ideal é pedir para sua esposa.

* Este ano acendemos a primeira vela de Chanuká na terça-feira, dia 4 de dezembro à noite, e a última no dia 11 de dezembro, terça-feira, quando acendemos as oito velas.

* A cada dia acrescentamos uma vela: no primeiro dia acendemos uma, no segundo duas e assim por diante. Quem deixou de acender algum dia, por qualquer motivo, no dia seguinte acenderá normalmente o número correspondente de velas ao dia, como aquele que não deixou de acender.

* As velas de chanuká não precisam de nenhum certificado de kashrut. Já a chanukiá é importante observar que todas as velas estejam na mesma altura, com exceção do Shamash. Mesmo uma pessoa que não tenha uma Chanukiá pode improvisar, bastando colocar todas as velas alinhadas na mesma altura.

Procedimento no acendimento das velas:

Na primeira noite, recitamos todas as Brachot seguintes, nos outros dias, só as duas primeiras:

1. Baruch Atá Ado-nai Eloheinu Melech Haolam, asher kideshánu bemitzvotav vetzivánu lehadlik ner shel Chanuká

2. Baruch Atá Ado-nai Eloheinu Melech Haolam, sheassá nissim laavoteinu baiamim hahem bazman hazê

3. Baruch Ata Ado-nai Eloheinu Melech Haolam, Sheecheiánu Vekiemánu Vehiguiánu Lazman Hazê

* Antes de recitar as brachot, acende-se o shamash (para quem usa azeite acende-se uma vela separada), recita-se as brachot e aí acendemos as velas. Quem usa azeite, acende o shamash por último.

* Na primeira noite a vela deve estar na extremidade direita da chanukiá . Na segunda noite a vela acrescentada está imediatamente à esquerda da anterior, e assim por diante.

* A partir da segunda noite, após recitarmos as brachot, começamos a acender a partir da velas acrescentada ou seja, à esquerda do dia anterior. Em outras palavras, a ordem do acendimento é da esquerda para direita.

* O tempo mínimo que a vela precisa arder para que a mitzvá seja cumprida é meia hora, sendo aconselhável então comprar velas que durem, no mínimo, uma hora.

* Os trinta minutos acima citados têm que ser de noite, sendo neste ano a partir das 19:50h.

* No Shabat, devemos acender as velas antes do acendimento das velas do Shabat, este ano às 19:09h. Se por algum motivo as velas de Chanuká não foram acessas neste horário e o Shabat já entrou, é proibido acendê-las, pois em vez de fazermos uma mitzvá estaremos cometendo um pecado.

* Este ano, acendemos a Chanukiá antes das velas de Shabat no quarto dia e depois da Havdalá, no quinto dia.

# Uma vez que na sexta-feira acendemos as velas antes do pôr-do-sol, e por outro lado elas devem arder trinta minutos durante a noite, as velas devem ser de tamanho que durem, pelo menos, uma hora e meia.

# No motzaei Shabat (sábado a noite) devemos esperar o término do Shabat para acender a chanukiá (este ano, a partir das 20:08). Antes fazemos a havdalá e depois acendemos as velas de Chanuká (ou ao menos dizemos "Baruch hamavdil ben kodesh lechol")

# Acendemos a chanukiá no local em que haverá maior propagação do milagre. Hoje em dia, como a maioria de nós mora em apartamento, o melhor local de acendimento é ao lado da janela, assim todos os vizinhos de outros prédios que morem em andares próximos percebem as velas de Chanuká.

# Uma vez que estamos em um período de feriados, muitas famílias viajam em Chanuká. Mesmo fora de suas casas, devem lembrar de levar uma chanukiá para que seja acessa onde quer que estejam.

# Mesmo aqueles que saem para machanot, devem levar suas chanukiot, só tomando o devido cuidado ao mexer com fogo perto de crianças.
# É proibido se aproveitar da luz das velas de Chanuká de qualquer forma, seja para acender outra vela, um cigarro (o que por si só também é proibido), ou mesmo ler sob sua luz.

# Durante os dias de Chanuká acrescentamos à tefilá o Halel completo. Na Amidá (Shmoná Esrê) acrescentamos após Modim Anachnu Lach o trecho Al Hanissim. No birkat hamazon o mesmo trecho é acrescentado depois do trecho Nodê Lechá e antes de Al Hacol (meio da 2ª brachá).

# O milagre de Chanuká é a vitória da luz sobre a escuridão, de poucos sobre muitos, da Torá sobre a assimilação. Essa é a história do nosso povo e essa história deve continuar a ser transmitida de pai para filho, de geração em geração. Faça parte dessa corrente e dê o seu exemplo pessoal a seus filhos, familiares e amigos!

Chanuká Sameach e Shabat Shalom,
Rav Rony Gurwicz


Halachot de Tal Umatar Livrachá:

Na reza da amidá, há uma berachá (bênção) onde pedimos pelo sustento de Am Israel. No entanto, dependendo da época do ano (verão ou inverno), pedimos o sustento de forma diferente, pois em épocas de chuva, o ideal é que haja chuvas em abundância, enquanto há épocas nas quais as chuvas não são boas, ou até mesmo podem ser prejudiciais ao sustento das pessoas.
Começamos a pedir pelas chuvas dia 05/12 (quarta-feira) à noite.

Agora, veremos o que ocorre com a pessoa que errou e, em vez de dizer veten tal umatar disse veten berachá.

1. Se a pessoa, em vez de falar veten tal umatar livrachá (sefaradim: barech alenu), falar veten berachá (sefaradim: barechenu), poderá ainda consertar, dizendo veten tal umatar livrachá na berachá de shomea tefilá (após as palavras reikam al teshivenu).

2. Se a pessoa já finalizou a berachá de shomea tefilá, deve voltar para a berachá de barech alenu e daí continuar a amidá.
3. Se a pessoa somente se lembrou após ter terminado a amidá, deve retornar ao começo da amidá.

4. Se a pessoa está em dúvida se disse veten tal umatar, ou não, deverá voltar ao início da amidá, pois provavelmente falou como está acostumado, a não se que já tenham se passado 30 dias de quando se passou a dizer veten tal umatar.

Shabat Shalom!

Rav Benjamin Zaguri

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