domingo, 30 de dezembro de 2007

por que Moises nao entrou na terra da promessa?

Por que Moisés não entrou na Terra de Israel?
TANACH
Por que Moisés não entrou na Terra de Israel?por Tev DjmalUm dos relatos mais controvertidos da Torá é o episódio das "águas da discórdia", após o qual D'us decretou que Moshé Rabenu não teria permissão de entrar na terra de Israel. Sábios, comentaristas bíblicos e até mesmo o próprio Moisés, empenharam-se em dar um significado a esse incidente, relatado no quarto livro da Torá, Bamidbar.
Edição 53 - junho de 2006
O Texto narra que os Filhos de Israel, após terem vagado pelo deserto durante quarenta anos, chegam a Kadesh, na fronteira da Terra Prometida. Não há água por perto e o povo está sedento. Como faziam sempre que algo lhes afligia ou preocupava, lamentaram-se a Moisés: ..."Se, ao menos, tivéssemos perecido quando morreram nossos irmãos [na revolta de Korach]"... "Por que trouxeste a Congregação do Eterno a este deserto para que, aqui, nós e nossos animais, perecêssemos? E por que nos fizeste sair do Egito, para nos trazer a este lugar do mal?..." (Números, 20: 3-5).
Moisés e seu irmão Aarão rezaram a D'us para que surgisse água para o povo. O Eterno respondeu, ordenando a Moisés: …"Toma teu cajado e reúne a congregação, tu e teu irmão Aarão, e, na presença deles, dirige-te à rocha, e da rocha jorrará água". O povo judeu reuniu-se diante da pedra e Moisés clamou: "Agora, escutai, ó rebeldes! Será que tiraremos água desta rocha para saciar vossa sede?" E Moisés levantou sua mão e, com o cajado, bateu duas vezes na pedra. Dela jorra água em abundância e o povo e os animais se saciam. A seguir, D'us diz a Moisés: "Como não acreditaste em Mim, para me santificar aos olhos dos Filhos de Israel, não te caberá levá-los à Terra que Eu lhes dei".
O erro de Moshé, aos olhos dos Sábios
O que teria Moisés feito de errado nesse incidente, que ficou conhecido como as "Águas da discórdia"? Rashi, comentarista clássico da Torá, ressalta que D'us instruiu Moisés a falar à pedra - e não a golpeá-la. E explica que, tivesse ele extraído água da rocha apenas por se ter dirigido à mesma, ter-se-ia realizado um milagre de proporções muito maiores, e, este sim, haveria "santificado a Mim, vosso D'us, aos olhos dos Filhos de Israel".
O Rabi Moshé ben Maimon, Maimônides, oferece uma explicação diferente: o pecado de Moisés teria sido perder a paciência com o povo judeu, quando seus membros reclamaram acerca da falta d'água. Pessoa alguma, sobretudo um líder de sua estatura, considerado o homem mais espiritual que já existiu, deveria dar sinais de impaciência, ao falar. Segundo Maimônides, teria sido o desabafo "Escutai, o rebeldes!", bradado por Moisés, o que lhe teria custado a entrada na Terra Santa.
Rabi Moshé ben Nachman, Nachmânides, por sua vez, não aceita nenhuma das duas explicações acima. Esse místico comentarista bíblico levanta a seguinte colocação: se foi tão errado Moisés ter golpeado a rocha, para que lhe teria o Todo Poderoso ordenado levar consigo o cajado, quando da extração de água para o povo judeu? De fato, a Torá ressalta que Moisés "tomou o cajado diante do Eterno, como Este lhe ordenara" (Números, 20: 9). Ademais, em ocasião anterior, D'us instruíra Moisés a extrair água da rocha, golpeando-a (Êxodo, 17:6). Não teria sido razoável Moisés supor que D'us lhe dissesse levar consigo o cajado para servir idêntico propósito?"
Nachmânides também contesta a explicação de Maimônides, justificando que o episódio das "Águas da discórdia" não foi a primeira vez em que Moshé se mostrou enfurecido com os Filhos de Israel. Durante 40 anos o povo judeu reclamou, rebelou-se e pecou diante de seu líder. E muito embora Moshé os amasse e protegesse, incondicionalmente, sempre os repreendia - até mesmo por motivos bem menos importantes. Por que, então, seria punido dessa vez, em que lhes falou com rispidez, e não nas instâncias anteriores?
Segundo Nachmânides, Moisés errou ao dizer ao povo judeu: "Extrairemos, nós, portanto, água desta rocha para saciá-los?". As palavras do profeta, explica-nos o sábio, poderia induzir-nos a acreditar que fora Moshé - e não D'us - quem realizara o milagre de tirar água de uma simples pedra. Qualquer um - especialmente um líder espiritual - que leva as glórias por um feito sobrenatural está usurpando o lugar do Criador. No instante em que um líder do povo judeu desenvolver seu próprio ego, ele terá fracassado em sua missão. Nachmânides encontra respaldo para sua explicação nas palavras de D'us a Moisés: "Por não teres acreditado em Mim"…, que seriam uma indicação de que Moisés falhara não em uma questão de atitude - tal como golpear a rocha ou se dirigir a seu povo com impaciência - mas em uma questão de fé. Mas, obviamente, também a explicação de Nachmânides é passível de ser contestada, pois, como atesta a própria Torá, homem algum jamais se aproximou do grau de humildade pessoal e de entendimento sobre o Divino alcançado por Moisés.
Outros sábios tentaram encontrar diferentes justificativas para o episódio das "Águas da discórdia". Cada um de seus comentários ensina importantes lições, pois, como está no Talmud, os ensinamentos de nossos Sábios, ainda que se contradigam, são portadores das Palavras de D'us. Mas, isto posto, não podemos deixar de nos perguntar: se Moshé cometeu tão grave pecado a ponto de lhe ser vetado o acesso à Terra de Israel, qual a razão para tanta polêmica sobre qual teria sido o seu erro? A Torá Escrita não o explicita, em passagem alguma. Quando um sábio o culpa de um determinado erro, outro prontamente o isenta. Considerando- se cada uma das explicações em separado, Moisés é culpado de vários delitos; mas, quando consideradas em conjunto, estes anulam-se mutuamente, isentando Moshé Rabenu de qualquer culpa que seja.
A versão "oficial" diz que Moisés teria desobedecido a uma ordem Divina. Tendo-lhe sido ordenado falar à rocha, ele a tinha golpeado com seu cajado. Mas a questão se complica ainda mais quando nos conta a Torá Oral que Moisés, de fato, iniciou por falar à rocha. Mas tal ação não fez jorrar a água. Por essa razão, o profeta faz o que lhe ordenara o Todo Poderoso em ocasião anterior: bate na pedra com o bastão. E é então que brota a água - contudo, em escassa quantidade. Havia que jorrar com mais intensidade e volume para poder saciar o povo judeu todo e seus animais. E é quando Moshé volta a golpear a rocha. De acordo com o Midrash, o próprio Moshé ficou perplexo com as conseqüências do incidente. Após a comunicação de que não poderia adentrar a Terra Prometida, ele teria dito ao Criador: "Trata-se de uma armadilha contra mim!". A Torá de certa forma respalda a queixa de que todo o episódio teria sido um pretexto utilizado por D'us para vetar sua entrada na Terra de Israel, pois, como veremos adiante, o Eterno "aguardou" 40 anos para "encontrar" um motivo para decretar que Moisés morreria no deserto.
O primeiro Tishá b'Av
Quarenta anos antes do incidente das "Águas da discórdia" ocorreu um evento que marcou, para sempre, a História Judaica. Doze homens - os líderes de cada uma das Tribos de Israel - são enviados em uma missão de espionagem à Terra Santa. Ao voltarem, dez dos doze "espiões", relatam ao povo judeu que a Terra, de fato, era grandiosa, mas que não teriam condições de a conquistar, já que não tinham chance alguma frente aos gigantes que a habitavam. E, muito embora D'us lhes houvesse prometido que conquistariam a Terra, ao ouvir o relato dos espiões, os judeus caem em prantos, desesperados. Essas lamentações e pranto desenfreados ocorreram na noite de Tishá b'Av - nono dia do mês de Menachem Av, no calendário hebraico.
Desapontado com a falta de fé de Seu Povo, D'us decreta que a geração que saíra do Egito, em sua totalidade - a dizer, os homens com mais de 20 anos - pereceriam no deserto. As únicas exceções seriam os dois espiões que não haviam sustentado o relato dos demais dez. E estes eram Yehoshua, filho de Nun, e Caleb, filho de Yefuneh.
Moisés e Aarão não eram culpados pelo pecado dos "espiões" ou pelo erro do povo que, ao chorar na noite de Tishá b'Av, demonstrou uma falta de fé em D'us. Eles deveriam ter sido incluídos, juntamente com Yehoshua e Caleb, entre os homens com mais de 20 anos que teriam o mérito de pisar na Terra Santa. Contudo, sabemos que isso não ocorreu - o que revela que seu destino também fora selado naquela noite de 9 de Av. Mas, como não haviam cometido pecado algum, D'us "buscara" um motivo para lhes negar aquele mérito. E este se apresentou, 40 anos mais tarde, no episódio das "Águas da discórdia". Toda a situação que o envolvera - a ordem que Moisés recebeu de levar seu bastão e de falar à rocha, não de a golpear - tudo aquilo fora concebido para o confundir e o fazer "tropeçar". "Trata-se de uma armadilha que Tu armaste contra mim", cita o Midrash como sendo as palavras que Moshé teria proferido ao Todo Poderoso.
Mas, por que razão teria D'us assim agido, especialmente em se tratando de Seu servo mais fiel? Se Moshé era inocente do pecado de sua geração, por que teria sido forçado a partilhar de sua sorte? O Midrash usa a seguinte parábola para o explicar: "Um pastor recebeu de seu rei a incumbência de cuidar e alimentar um rebanho de ovelhas, mas o pastor, descuidado, deixou-as dispersarem- se. Ao tentar entrar no palácio real, de volta, o rei não lhe permite a entrada, dizendo: 'Quando for recuperado o rebanho que lhe confiei, também você será readmitido'. ..".
Moisés não apenas foi o maior profeta da História da humanidade. Foi, também, modelo supremo do líder judeu, pastor fiel e zeloso, como o chama o Zohar. E um pastor fiel e zeloso é aquele que jamais deixa de lado seu rebanho, sem perder de vista nenhum de seus membros, pelos quais assume contínua e total responsabilidade. A geração que errou no episódio dos "espiões" foi aquela que Moisés, pessoalmente, conduzira para fora do Egito. Para proteger seu povo, ele tivera que enfrentar tudo e todos - o império egípcio, os inimigos do povo judeu com quem lutou no deserto e, até mesmo D'us, quando Ele ameaçou aniquilá-los. Durante sua longa jornada de 40 anos pelo deserto, Moisés lhes ensinou a Torá, cuidando de todas as suas necessidades materiais e espirituais. Ele não poderia - nem lhe teria permitido D'us - entrar na Terra de Israel, deixando-os sós, para trás. "És o líder dessa gente", lembra-lhe o Eterno; "seu destino é o teu destino".
O mesmo pode ser aplicado a muitos Sábios que seguiram os passos de Moshé Rabenu. Se alguém se perguntar por que tantos nunca pisaram na Terra de Israel, é porque eles, como Moisés, não podiam e nem desejariam deixar para trás de si o Povo Judeu. Enquanto um único judeu viver na Diáspora, sujeito aos perigos da perseguição e da assimilação, o Moshé de sua geração permanecerá "para trás", a fim de cuidar "de seu rebanho".
Explicação mística
Há outra explicação, esta mística, para o fato de Moshé não ter entrado na Terra de Israel. Tudo o que o profeta conseguiu era eterno. A Torá que nos transmitiu é eterna e jamais será abandonada pelo povo judeu. O Mishkan, Tabernáculo que ele ergueu em pleno deserto, nunca foi destruído - como o foram o Primeiro e o Segundo Templos, ambos extintos na trágica data de Tishá b'Av. A tradição ensina que o Mishkan foi misteriosamente escondido, onde até hoje permanece intacto. E preservadas, também o foram, as duas primeiras estelas de safira, contendo os Dez Mandamentos, que Moisés se viu forçado a quebrar, e que foram abrigadas no Aron Hacodesh, que ainda segundo a tradição está oculto em algum ponto, sob o Monte do Templo, em Jerusalém. (Morasha 49).
Os místicos revelam ser esta a razão para o veto à entrada de Moisés na Terra de Israel. Se ele tivesse sido o construtor do Templo Sagrado, este jamais teria sido destruído. Tivesse ele liderado nosso povo já em sua Terra, de lá jamais teríamos sido exilados. E, sendo assim, não tivesse ele morrido no deserto, o povo judeu jamais se teria dispersado pelos quatro cantos da Terra.
Não temos idéia do tipo de país que nossos antepassados teriam construído, se nunca tivessem sido exilados. Mas o que sabemos é que se jamais tivesse existido o primeiro Tishá b'Av - o relato dos espiões e o pranto generalizado de nosso povo; se não tivesse Moshé sido impedido de entrar na Terra de Israel; se não tivesse o Templo sido arrasado e nosso povo, exilado… o mundo seria, hoje, um lugar muito diferente, bem mais sombrio do que é. Pois coube aos judeus a missão e a dádiva Divina de ajudar e curar.
Próximo está o dia, porém, em que estará terminada a missão de nosso povo fora de Israel. Quando isto ocorrer, o Templo Sagrado será reconstruído e se iniciará uma era de paz, justiça e prosperidade para toda a humanidade. Segundo uma opinião do Talmud, isto deverá ocorrerá no nono dia do mês de Av, Tishá b'Av. Tudo indica que a justiça poética agrada aos olhos de D'us. Isto porque justamente no dia em que houve um incidente com dez espiões, que custou a Moisés a sua entrada em Israel e levou nosso povo ao exílio, há de ser o dia em que tal exílio se extinguirá. Será esse o dia em que Mashiach, a incorporação do espírito e da liderança de Moshé Rabenu, conduzirá o povo judeu, em sua totalidade, para fora do deserto e para dentro da Terra de Israel.
Bibliografia
Torah Chumash Bamidbar - The Book of Numbers; Edited by Rabbi Moshe Wisnefsky; Kehot Publications,
Tauber, Yanki, Land and See; www.chabad.org
Tauber,Yanki Waters of Strife - The Price of Leadership; www.chabad.org
Shalom!A Promessa do Eterno é levar o povo hebreu para uma Eretz que mana leite e mel.O Profeta Moshé cometeu um pecado grave (Matou um Homem) no decorrer dos quarenta anos deve ter cometido outros pecados não relatado naTorá.Não podemos esquecer que Moshé era HUMANO.Creio que Moshé seria idolatrado pelos Hebreus.Conta que Moshé rezou 500 vezes para ele entrar na Terra de Israel, o Eterno por Sua vez, disse: "Se você rezar mais uma vez, serei obrigado a deixá-lo entrar.Assim, não lhe permituiu pisar em Eretz, mais deixou-o apreciar toda terra. Como Moshé de um monte pode ter visto toda Terra de Israel?Alguns comentaristas dizem que nessa ora Moshé foi elevado as alturas, só assim pôde apreciar toda Terra.Será?

domingo, 23 de dezembro de 2007

OM DIA! Já pensaram em por que não conseguimos manter um sentimento de alegria depois
de finalmente atingirmos alguma meta material? Mel Fisher, um dos mais famosos caçadores de tesouros
submersos (EUA, 1922-1998), passou 14 anos de sua vida procurando tesouros afundados e realmente os
encontrou! Depois da alegria imediata, sentia-se deprimido e ... imediatamente começava uma nova
‘caçada’. Porque nos esforçamos para conseguir mais e mais coisas em nossas vidas, mas freqüentemente
não as achamos satisfatórias?
Eis um trecho do livro Dearer Than Life – Making Your Life More Meaningful (Mais Precioso
que a Vida – Tornando sua Vida mais Significativa), publicado com a autorização do autor, o Rabino
Abraham J. Twerski. Creio que nos ajudará a melhor focalizar o assunto:
“A Cultura Ocidental parece considerar a felicidade como meta final da vida e define
felicidade como estarmos livres de qualquer aflição ou tormento e ‘curtirmos’ todos os prazeres que
apareçam pela frente. Este com certeza não é o conceito da Torá, que considera a vida humana como
tendo um objetivo, uma missão, com cada pessoa tendo uma razão para sua existência e ferramentas
específicas para desempenhar o seu papel neste mundo.
Se estar contente fosse a única coisa a se procurar na vida, então uma pessoa dotada de
inteligência e capacidade seria contra-produtiva. Vacas num pasto são com certeza mais contentes do
que seres humanos sofisticados. Procurar sentido em meramente ‘estar contente’ dificilmente
beneficiaria uma pessoa inteligente.
Para que uma pessoa tenha auto-estima e senso de valor, a vida precisa ter um
significado. De fato, significado e valor são características inseparáveis.
‘Estima’ vem da palavra latina que significa avaliar ou estimar. Vejamos qual é a base da
auto-estima e como atribuímos valor às coisas:
Se olharmos em volta para os todos os objetos de nossas casas veremos que, com exceção
de alguns objetos de valor sentimental, avaliamos as coisas por uma de duas razões: estética ou
funcionalidade. Podemos ter um belo relógio de parede de nossos avós, cujo mecanismo está quebrado
há muito tempo e não dá para ser reparado, porém o mantemos em casa porque é uma peça de
mobília atraente e embeleza o lar.
Entretanto, se o abridor de latas quebrar, sem sombra de dúvida nos livraremos dele. Já que
não tem nenhum valor estético e não serve ao seu propósito funcional, não tem mais valor algum para
nós.
Apliquemos agora este mesmo critério a nós mesmos. Talvez haja algumas poucas pessoas
que são tão atraentes que podem ser consideradas ‘ornamentais’, mas a maioria de nós não pode
realmente pensar de si própria como tendo um grande valor estético. Isto nos deixa apenas com a
funcionalidade como base para nos avaliarmos. E aí surge a grande questão: Qual é a nossa função?
Para que propósito servimos?
Enquanto um hedonista pode, ao menos temporariamente, gratificar seus desejos físicos, será
que conseguirá encontrar um sentido em estar contente por toda sua vida? O que pode o hedonista
fazer quando a questão existencial de encontrar um propósito na vida intrometer-se em sua
consciência? Freqüentemente seu único recurso será tentar se distrair destes tipos de pensamento,
muitas vezes entorpecendo sua mente com vários tipos de abuso, para esquecer o atormentante
sentimento de insignificância”.
Então, se não existe um significado ou sentido intrínseco no conforto, como pode uma pessoa
preencher sua vida com um verdadeiro significado? Uma das respostas é: Se nos perguntarmos pelo
que vale a pena morrer, teremos um melhor entendimento de ‘pelo que vale a pena viver’.
E a grande surpresa: inevitavelmente será uma meta espiritual! Transformarmo-nos de criaturas
terrenas em entidades espirituais, imitando o Todo-Poderoso, aperfeiçoando o mundo, fazendo atos de
bondade.
O livro do Rabino Twerski explora as peças deste quebra-cabeça e esclarece o caminho para
tornar nossas vidas mais significativas e termos maior satisfação. Está disponível em
www.artscroll.com/Products/DEAH.html.
Porção Semanal da Torá: Vaiehí Bereshit (Gênesis) 47:28- 50:26
Esta porção semanal começa com Yaácov em seu leito de morte, 17 anos após ter chegado ao
Egito. Yaácov abençoa os dois filhos de Yossêf, Menashe e Efraim. (Ainda hoje costumamos abençoar
nossos filhos todo Shabat à noite, com a bênção “Possa o Todo-Poderoso fazê-lo como Efraim e Menashe”
-- ambos cresceram na Diáspora sob influências estranhas e, mesmo assim, continuaram devotos à Torá).
Depois abençoa os demais filhos, individualmente, com bênçãos que são também proféticas e os censura
quando necessário.
Uma grande comitiva da corte do Faraó acompanha a família a Hebron para enterrar Yaácov na
Maarát HaMahpelá, a caverna comprada anteriormente por Avraham. A porção semanal encerra-se com o
falecimento de Yossêf e sua exigência para que os Israelitas tragam seus restos mortais com eles para ser
enterrado em Israel quando fossem salvos e retirados da escravidão do Egito. Assim acaba o livro de
Bereshit!
Dvar Torá: baseado no livro Growth Through Torah, do Rabino Zelig Pliskin
Antes do falecimento de Yaácov, a Torá nos conta: “E Yaácov (Jacob) chamou seus filhos e disse:
‘Reúnam-se e vou lhes contar o que irá ocorrer no final dos tempos (quando o Povo Judeu será redimido da
Galut, o exílio)’ (Bereshit, 49:1)”. O que Yaácov quis dizer com a expressão ‘Reúnam-se’?
Quando disse a seus filhos para se reunirem, Yaácov quis dizer que deveria haver ahdut, unidade,
entre eles. Somente quando há unidade entre os descendentes de Yaácov é que ocorrerá a redenção. Se
ainda não há unidade, ainda não chegou a hora da redenção.
Com isto podemos entender porque os irmãos de Yossêf disseram a ele que antes de falecer, seu
pai Yaácov pediu que os perdoasse. Em nenhum lugar a Torá relata que Yaácov pediu a Yossêf que
perdoasse seus irmãos. Entretanto, o Rabino Yeshaia Hurwitz (Polônia, 1560-1630), conhecido pelo
acrônimo de Shlah [pela autoria do livro Shnei Luhót Habrit (As Duas Tábuas da Lei)], escreveu que a
resposta pode ser encontrada em nosso versículo, onde Yaácov pediu aos irmãos para se reunirem. O que
Yaácov estava pedindo a todos eles, inclusive Yossêf, era por unidade e pelo profundo amor que surge da
unidade. Onde há amor, existe perdão.
Este é um tema crucial em nossos tempos. As pessoas são muito diferentes umas das outras em
vários sentidos. Entretanto, se todos os descendentes de Yaácov perceberem o quão importante é haver
ahdut, esta unidade trará um amor que transcende as reclamações específicas de uma pessoa contra a
outra e tornará nossas vidas muito mais agradáveis e harmônicas.
BOM DIA! Já pensaram em por que não conseguimos manter um sentimento de alegria depois
de finalmente atingirmos alguma meta material? Mel Fisher, um dos mais famosos caçadores de tesouros
submersos (EUA, 1922-1998), passou 14 anos de sua vida procurando tesouros afundados e realmente os
encontrou! Depois da alegria imediata, sentia-se deprimido e ... imediatamente começava uma nova
‘caçada’. Porque nos esforçamos para conseguir mais e mais coisas em nossas vidas, mas freqüentemente
não as achamos satisfatórias?
Eis um trecho do livro Dearer Than Life – Making Your Life More Meaningful (Mais Precioso
que a Vida – Tornando sua Vida mais Significativa), publicado com a autorização do autor, o Rabino
Abraham J. Twerski. Creio que nos ajudará a melhor focalizar o assunto:
“A Cultura Ocidental parece considerar a felicidade como meta final da vida e define
felicidade como estarmos livres de qualquer aflição ou tormento e ‘curtirmos’ todos os prazeres que
apareçam pela frente. Este com certeza não é o conceito da Torá, que considera a vida humana como
tendo um objetivo, uma missão, com cada pessoa tendo uma razão para sua existência e ferramentas
específicas para desempenhar o seu papel neste mundo.
Se estar contente fosse a única coisa a se procurar na vida, então uma pessoa dotada de
inteligência e capacidade seria contra-produtiva. Vacas num pasto são com certeza mais contentes do
que seres humanos sofisticados. Procurar sentido em meramente ‘estar contente’ dificilmente
beneficiaria uma pessoa inteligente.
Para que uma pessoa tenha auto-estima e senso de valor, a vida precisa ter um
significado. De fato, significado e valor são características inseparáveis.
‘Estima’ vem da palavra latina que significa avaliar ou estimar. Vejamos qual é a base da
auto-estima e como atribuímos valor às coisas:
Se olharmos em volta para os todos os objetos de nossas casas veremos que, com exceção
de alguns objetos de valor sentimental, avaliamos as coisas por uma de duas razões: estética ou
funcionalidade. Podemos ter um belo relógio de parede de nossos avós, cujo mecanismo está quebrado
há muito tempo e não dá para ser reparado, porém o mantemos em casa porque é uma peça de
mobília atraente e embeleza o lar.
Entretanto, se o abridor de latas quebrar, sem sombra de dúvida nos livraremos dele. Já que
não tem nenhum valor estético e não serve ao seu propósito funcional, não tem mais valor algum para
nós.
Apliquemos agora este mesmo critério a nós mesmos. Talvez haja algumas poucas pessoas
que são tão atraentes que podem ser consideradas ‘ornamentais’, mas a maioria de nós não pode
realmente pensar de si própria como tendo um grande valor estético. Isto nos deixa apenas com a
funcionalidade como base para nos avaliarmos. E aí surge a grande questão: Qual é a nossa função?
Para que propósito servimos?
Enquanto um hedonista pode, ao menos temporariamente, gratificar seus desejos físicos, será
que conseguirá encontrar um sentido em estar contente por toda sua vida? O que pode o hedonista
fazer quando a questão existencial de encontrar um propósito na vida intrometer-se em sua
consciência? Freqüentemente seu único recurso será tentar se distrair destes tipos de pensamento,
muitas vezes entorpecendo sua mente com vários tipos de abuso, para esquecer o atormentante
sentimento de insignificância”.
Então, se não existe um significado ou sentido intrínseco no conforto, como pode uma pessoa
preencher sua vida com um verdadeiro significado? Uma das respostas é: Se nos perguntarmos pelo
que vale a pena morrer, teremos um melhor entendimento de ‘pelo que vale a pena viver’.
E a grande surpresa: inevitavelmente será uma meta espiritual! Transformarmo-nos de criaturas
terrenas em entidades espirituais, imitando o Todo-Poderoso, aperfeiçoando o mundo, fazendo atos de
bondade.
O livro do Rabino Twerski explora as peças deste quebra-cabeça e esclarece o caminho para
tornar nossas vidas mais significativas e termos maior satisfação. Está disponível em
www.artscroll.com/Products/DEAH.html.
Porção Semanal da Torá: Vaiehí Bereshit (Gênesis) 47:28- 50:26
Esta porção semanal começa com Yaácov em seu leito de morte, 17 anos após ter chegado ao
Egito. Yaácov abençoa os dois filhos de Yossêf, Menashe e Efraim. (Ainda hoje costumamos abençoar
nossos filhos todo Shabat à noite, com a bênção “Possa o Todo-Poderoso fazê-lo como Efraim e Menashe”
-- ambos cresceram na Diáspora sob influências estranhas e, mesmo assim, continuaram devotos à Torá).
Depois abençoa os demais filhos, individualmente, com bênçãos que são também proféticas e os censura
quando necessário.
Uma grande comitiva da corte do Faraó acompanha a família a Hebron para enterrar Yaácov na
Maarát HaMahpelá, a caverna comprada anteriormente por Avraham. A porção semanal encerra-se com o
falecimento de Yossêf e sua exigência para que os Israelitas tragam seus restos mortais com eles para ser
enterrado em Israel quando fossem salvos e retirados da escravidão do Egito. Assim acaba o livro de
Bereshit!
Dvar Torá: baseado no livro Growth Through Torah, do Rabino Zelig Pliskin
Antes do falecimento de Yaácov, a Torá nos conta: “E Yaácov (Jacob) chamou seus filhos e disse:
‘Reúnam-se e vou lhes contar o que irá ocorrer no final dos tempos (quando o Povo Judeu será redimido da
Galut, o exílio)’ (Bereshit, 49:1)”. O que Yaácov quis dizer com a expressão ‘Reúnam-se’?
Quando disse a seus filhos para se reunirem, Yaácov quis dizer que deveria haver ahdut, unidade,
entre eles. Somente quando há unidade entre os descendentes de Yaácov é que ocorrerá a redenção. Se
ainda não há unidade, ainda não chegou a hora da redenção.
Com isto podemos entender porque os irmãos de Yossêf disseram a ele que antes de falecer, seu
pai Yaácov pediu que os perdoasse. Em nenhum lugar a Torá relata que Yaácov pediu a Yossêf que
perdoasse seus irmãos. Entretanto, o Rabino Yeshaia Hurwitz (Polônia, 1560-1630), conhecido pelo
acrônimo de Shlah [pela autoria do livro Shnei Luhót Habrit (As Duas Tábuas da Lei)], escreveu que a
resposta pode ser encontrada em nosso versículo, onde Yaácov pediu aos irmãos para se reunirem. O que
Yaácov estava pedindo a todos eles, inclusive Yossêf, era por unidade e pelo profundo amor que surge da
unidade. Onde há amor, existe perdão.
Este é um tema crucial em nossos tempos. As pessoas são muito diferentes umas das outras em
vários sentidos. Entretanto, se todos os descendentes de Yaácov perceberem o quão importante é haver
ahdut, esta unidade trará um amor que transcende as reclamações específicas de uma pessoa contra a
outra e tornará nossas vidas muito mais agradáveis e harmônicas.

Meór HaShabat Semanal B’SD

BOM DIA! Já pensaram em por que não conseguimos manter um sentimento de alegria depois
de finalmente atingirmos alguma meta material? Mel Fisher, um dos mais famosos caçadores de tesouros
submersos (EUA, 1922-1998), passou 14 anos de sua vida procurando tesouros afundados e realmente os
encontrou! Depois da alegria imediata, sentia-se deprimido e ... imediatamente começava uma nova
‘caçada’. Porque nos esforçamos para conseguir mais e mais coisas em nossas vidas, mas freqüentemente
não as achamos satisfatórias?
Eis um trecho do livro Dearer Than Life – Making Your Life More Meaningful (Mais Precioso
que a Vida – Tornando sua Vida mais Significativa), publicado com a autorização do autor, o Rabino
Abraham J. Twerski. Creio que nos ajudará a melhor focalizar o assunto:
“A Cultura Ocidental parece considerar a felicidade como meta final da vida e define
felicidade como estarmos livres de qualquer aflição ou tormento e ‘curtirmos’ todos os prazeres que
apareçam pela frente. Este com certeza não é o conceito da Torá, que considera a vida humana como
tendo um objetivo, uma missão, com cada pessoa tendo uma razão para sua existência e ferramentas
específicas para desempenhar o seu papel neste mundo.
Se estar contente fosse a única coisa a se procurar na vida, então uma pessoa dotada de
inteligência e capacidade seria contra-produtiva. Vacas num pasto são com certeza mais contentes do
que seres humanos sofisticados. Procurar sentido em meramente ‘estar contente’ dificilmente
beneficiaria uma pessoa inteligente.
Para que uma pessoa tenha auto-estima e senso de valor, a vida precisa ter um
significado. De fato, significado e valor são características inseparáveis.
‘Estima’ vem da palavra latina que significa avaliar ou estimar. Vejamos qual é a base da
auto-estima e como atribuímos valor às coisas:
Se olharmos em volta para os todos os objetos de nossas casas veremos que, com exceção
de alguns objetos de valor sentimental, avaliamos as coisas por uma de duas razões: estética ou
funcionalidade. Podemos ter um belo relógio de parede de nossos avós, cujo mecanismo está quebrado
há muito tempo e não dá para ser reparado, porém o mantemos em casa porque é uma peça de
mobília atraente e embeleza o lar.
Entretanto, se o abridor de latas quebrar, sem sombra de dúvida nos livraremos dele. Já que
não tem nenhum valor estético e não serve ao seu propósito funcional, não tem mais valor algum para
nós.
Apliquemos agora este mesmo critério a nós mesmos. Talvez haja algumas poucas pessoas
que são tão atraentes que podem ser consideradas ‘ornamentais’, mas a maioria de nós não pode
realmente pensar de si própria como tendo um grande valor estético. Isto nos deixa apenas com a
funcionalidade como base para nos avaliarmos. E aí surge a grande questão: Qual é a nossa função?
Para que propósito servimos?
Enquanto um hedonista pode, ao menos temporariamente, gratificar seus desejos físicos, será
que conseguirá encontrar um sentido em estar contente por toda sua vida? O que pode o hedonista
fazer quando a questão existencial de encontrar um propósito na vida intrometer-se em sua
consciência? Freqüentemente seu único recurso será tentar se distrair destes tipos de pensamento,
muitas vezes entorpecendo sua mente com vários tipos de abuso, para esquecer o atormentante
sentimento de insignificância”.
Então, se não existe um significado ou sentido intrínseco no conforto, como pode uma pessoa
preencher sua vida com um verdadeiro significado? Uma das respostas é: Se nos perguntarmos pelo
que vale a pena morrer, teremos um melhor entendimento de ‘pelo que vale a pena viver’.
E a grande surpresa: inevitavelmente será uma meta espiritual! Transformarmo-nos de criaturas
terrenas em entidades espirituais, imitando o Todo-Poderoso, aperfeiçoando o mundo, fazendo atos de
bondade.
O livro do Rabino Twerski explora as peças deste quebra-cabeça e esclarece o caminho para
tornar nossas vidas mais significativas e termos maior satisfação. Está disponível em
www.artscroll.com/Products/DEAH.html.
Porção Semanal da Torá: Vaiehí Bereshit (Gênesis) 47:28- 50:26
Esta porção semanal começa com Yaácov em seu leito de morte, 17 anos após ter chegado ao
Egito. Yaácov abençoa os dois filhos de Yossêf, Menashe e Efraim. (Ainda hoje costumamos abençoar
nossos filhos todo Shabat à noite, com a bênção “Possa o Todo-Poderoso fazê-lo como Efraim e Menashe”
-- ambos cresceram na Diáspora sob influências estranhas e, mesmo assim, continuaram devotos à Torá).
Depois abençoa os demais filhos, individualmente, com bênçãos que são também proféticas e os censura
quando necessário.
Uma grande comitiva da corte do Faraó acompanha a família a Hebron para enterrar Yaácov na
Maarát HaMahpelá, a caverna comprada anteriormente por Avraham. A porção semanal encerra-se com o
falecimento de Yossêf e sua exigência para que os Israelitas tragam seus restos mortais com eles para ser
enterrado em Israel quando fossem salvos e retirados da escravidão do Egito. Assim acaba o livro de
Bereshit!
Dvar Torá: baseado no livro Growth Through Torah, do Rabino Zelig Pliskin
Antes do falecimento de Yaácov, a Torá nos conta: “E Yaácov (Jacob) chamou seus filhos e disse:
‘Reúnam-se e vou lhes contar o que irá ocorrer no final dos tempos (quando o Povo Judeu será redimido da
Galut, o exílio)’ (Bereshit, 49:1)”. O que Yaácov quis dizer com a expressão ‘Reúnam-se’?
Quando disse a seus filhos para se reunirem, Yaácov quis dizer que deveria haver ahdut, unidade,
entre eles. Somente quando há unidade entre os descendentes de Yaácov é que ocorrerá a redenção. Se
ainda não há unidade, ainda não chegou a hora da redenção.
Com isto podemos entender porque os irmãos de Yossêf disseram a ele que antes de falecer, seu
pai Yaácov pediu que os perdoasse. Em nenhum lugar a Torá relata que Yaácov pediu a Yossêf que
perdoasse seus irmãos. Entretanto, o Rabino Yeshaia Hurwitz (Polônia, 1560-1630), conhecido pelo
acrônimo de Shlah [pela autoria do livro Shnei Luhót Habrit (As Duas Tábuas da Lei)], escreveu que a
resposta pode ser encontrada em nosso versículo, onde Yaácov pediu aos irmãos para se reunirem. O que
Yaácov estava pedindo a todos eles, inclusive Yossêf, era por unidade e pelo profundo amor que surge da
unidade. Onde há amor, existe perdão.
Este é um tema crucial em nossos tempos. As pessoas são muito diferentes umas das outras em
vários sentidos. Entretanto, se todos os descendentes de Yaácov perceberem o quão importante é haver
ahdut, esta unidade trará um amor que transcende as reclamações específicas de uma pessoa contra a
outra e tornará nossas vidas muito mais agradáveis e harmônicas.BOM DIA! Já pensaram em por que não conseguimos manter um sentimento de alegria depois
de finalmente atingirmos alguma meta material? Mel Fisher, um dos mais famosos caçadores de tesouros
submersos (EUA, 1922-1998), passou 14 anos de sua vida procurando tesouros afundados e realmente os
encontrou! Depois da alegria imediata, sentia-se deprimido e ... imediatamente começava uma nova
‘caçada’. Porque nos esforçamos para conseguir mais e mais coisas em nossas vidas, mas freqüentemente
não as achamos satisfatórias?
Eis um trecho do livro Dearer Than Life – Making Your Life More Meaningful (Mais Precioso
que a Vida – Tornando sua Vida mais Significativa), publicado com a autorização do autor, o Rabino
Abraham J. Twerski. Creio que nos ajudará a melhor focalizar o assunto:
“A Cultura Ocidental parece considerar a felicidade como meta final da vida e define
felicidade como estarmos livres de qualquer aflição ou tormento e ‘curtirmos’ todos os prazeres que
apareçam pela frente. Este com certeza não é o conceito da Torá, que considera a vida humana como
tendo um objetivo, uma missão, com cada pessoa tendo uma razão para sua existência e ferramentas
específicas para desempenhar o seu papel neste mundo.
Se estar contente fosse a única coisa a se procurar na vida, então uma pessoa dotada de
inteligência e capacidade seria contra-produtiva. Vacas num pasto são com certeza mais contentes do
que seres humanos sofisticados. Procurar sentido em meramente ‘estar contente’ dificilmente
beneficiaria uma pessoa inteligente.
Para que uma pessoa tenha auto-estima e senso de valor, a vida precisa ter um
significado. De fato, significado e valor são características inseparáveis.
‘Estima’ vem da palavra latina que significa avaliar ou estimar. Vejamos qual é a base da
auto-estima e como atribuímos valor às coisas:
Se olharmos em volta para os todos os objetos de nossas casas veremos que, com exceção
de alguns objetos de valor sentimental, avaliamos as coisas por uma de duas razões: estética ou
funcionalidade. Podemos ter um belo relógio de parede de nossos avós, cujo mecanismo está quebrado
há muito tempo e não dá para ser reparado, porém o mantemos em casa porque é uma peça de
mobília atraente e embeleza o lar.
Entretanto, se o abridor de latas quebrar, sem sombra de dúvida nos livraremos dele. Já que
não tem nenhum valor estético e não serve ao seu propósito funcional, não tem mais valor algum para
nós.
Apliquemos agora este mesmo critério a nós mesmos. Talvez haja algumas poucas pessoas
que são tão atraentes que podem ser consideradas ‘ornamentais’, mas a maioria de nós não pode
realmente pensar de si própria como tendo um grande valor estético. Isto nos deixa apenas com a
funcionalidade como base para nos avaliarmos. E aí surge a grande questão: Qual é a nossa função?
Para que propósito servimos?
Enquanto um hedonista pode, ao menos temporariamente, gratificar seus desejos físicos, será
que conseguirá encontrar um sentido em estar contente por toda sua vida? O que pode o hedonista
fazer quando a questão existencial de encontrar um propósito na vida intrometer-se em sua
consciência? Freqüentemente seu único recurso será tentar se distrair destes tipos de pensamento,
muitas vezes entorpecendo sua mente com vários tipos de abuso, para esquecer o atormentante
sentimento de insignificância”.
Então, se não existe um significado ou sentido intrínseco no conforto, como pode uma pessoa
preencher sua vida com um verdadeiro significado? Uma das respostas é: Se nos perguntarmos pelo
que vale a pena morrer, teremos um melhor entendimento de ‘pelo que vale a pena viver’.
E a grande surpresa: inevitavelmente será uma meta espiritual! Transformarmo-nos de criaturas
terrenas em entidades espirituais, imitando o Todo-Poderoso, aperfeiçoando o mundo, fazendo atos de
bondade.
O livro do Rabino Twerski explora as peças deste quebra-cabeça e esclarece o caminho para
tornar nossas vidas mais significativas e termos maior satisfação. Está disponível em
www.artscroll.com/Products/DEAH.html.
Porção Semanal da Torá: Vaiehí Bereshit (Gênesis) 47:28- 50:26
Esta porção semanal começa com Yaácov em seu leito de morte, 17 anos após ter chegado ao
Egito. Yaácov abençoa os dois filhos de Yossêf, Menashe e Efraim. (Ainda hoje costumamos abençoar
nossos filhos todo Shabat à noite, com a bênção “Possa o Todo-Poderoso fazê-lo como Efraim e Menashe”
-- ambos cresceram na Diáspora sob influências estranhas e, mesmo assim, continuaram devotos à Torá).
Depois abençoa os demais filhos, individualmente, com bênçãos que são também proféticas e os censura
quando necessário.
Uma grande comitiva da corte do Faraó acompanha a família a Hebron para enterrar Yaácov na
Maarát HaMahpelá, a caverna comprada anteriormente por Avraham. A porção semanal encerra-se com o
falecimento de Yossêf e sua exigência para que os Israelitas tragam seus restos mortais com eles para ser
enterrado em Israel quando fossem salvos e retirados da escravidão do Egito. Assim acaba o livro de
Bereshit!
Dvar Torá: baseado no livro Growth Through Torah, do Rabino Zelig Pliskin
Antes do falecimento de Yaácov, a Torá nos conta: “E Yaácov (Jacob) chamou seus filhos e disse:
‘Reúnam-se e vou lhes contar o que irá ocorrer no final dos tempos (quando o Povo Judeu será redimido da
Galut, o exílio)’ (Bereshit, 49:1)”. O que Yaácov quis dizer com a expressão ‘Reúnam-se’?
Quando disse a seus filhos para se reunirem, Yaácov quis dizer que deveria haver ahdut, unidade,
entre eles. Somente quando há unidade entre os descendentes de Yaácov é que ocorrerá a redenção. Se
ainda não há unidade, ainda não chegou a hora da redenção.
Com isto podemos entender porque os irmãos de Yossêf disseram a ele que antes de falecer, seu
pai Yaácov pediu que os perdoasse. Em nenhum lugar a Torá relata que Yaácov pediu a Yossêf que
perdoasse seus irmãos. Entretanto, o Rabino Yeshaia Hurwitz (Polônia, 1560-1630), conhecido pelo
acrônimo de Shlah [pela autoria do livro Shnei Luhót Habrit (As Duas Tábuas da Lei)], escreveu que a
resposta pode ser encontrada em nosso versículo, onde Yaácov pediu aos irmãos para se reunirem. O que
Yaácov estava pedindo a todos eles, inclusive Yossêf, era por unidade e pelo profundo amor que surge da
unidade. Onde há amor, existe perdão.
Este é um tema crucial em nossos tempos. As pessoas são muito diferentes umas das outras em
vários sentidos. Entretanto, se todos os descendentes de Yaácov perceberem o quão importante é haver
ahdut, esta unidade trará um amor que transcende as reclamações específicas de uma pessoa contra a
outra e tornará nossas vidas muito mais agradáveis e harmônicas.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

HAFTARAH DE VAYIGÁSH y b i e

Ez: 37:15 - 28


15 Veio a mim a palavra do ETERNO, dizendo:

Vayehi devar-Adonay elay lemor.

16 Tu, pois, ó filho do homem, toma um pedaço de madeira e escreve nele: Para Judá e para os filhos de Israel, seus companheiros; depois, toma outro pedaço de madeira e escreve nele: Para José, pedaço de madeira de Efraim, e para toda a casa de Israel, seus companheiros.

Ve'atah ven-adam kach-lecha ets echad uchtov alav li-Yehudah velivney Yisra'el chaverav ulekach ets echad uchetov alav le-Yosef ets Efrayim vechol-beyt Yisra'el chaverav.

17 Ajunta-os um ao outro, faze deles um só pedaço, para que se tornem apenas um na tua mão.

Vekarav otam echad el-echad lecha le'ets echad vehayu la'achadim beyadecha.

18 Quando te falarem os filhos do teu povo, dizendo: Não nos revelarás o que significam estas coisas?

Vecha'asher yomeru eleycha bney amecha lemor halo-tagid lanu mah-eleh lach.

19 Tu lhes dirás: Assim diz o D-us ETERNO: Eis que tomarei o pedaço de madeira de José, que esteve na mão de Efraim, e das tribos de Israel, suas companheiras, e o ajuntarei ao pedaço de Judá, e farei deles um só pedaço, e se tornarão apenas um na minha mão.

Daber alehem koh-amar Adonay Elohim hineh ani loke'ach et-ets Yosef asher beyad-Efrayim veshivtey-Yisra'el chaverav venatati otam alav et-ets Yehudah va'asitim le'ets echad vehayu echad beyadi.
20 Os pedaços de madeira em que houveres escrito estarão na tua mão, perante eles.

Vehayu ha'etsim asher-tichtov aleyhem beyadecha le'eyneyhem.

21 Dize-lhes, pois: Assim diz o D-us ETERNO: Eis que eu tomarei os filhos de Israel de entre as nações para onde eles foram, e os congregarei de todas as partes, e os levarei para a sua própria terra.

Vedaber aleyhem koh-amar Adonay Elohim hineh ani loke'ach et-beney Yisra'el mibeyn hagoyim asher halechu-sham vekibatsti otam misaviv veheveti otam el-admatam.

22 Farei deles uma só nação na terra, nos montes de Israel, e um só rei será rei de todos eles. Nunca mais serão duas nações; nunca mais para o futuro se dividirão em dois reinos.

Ve'asiti otam legoy echad ba'arets beharey Yisra'el umelech echad yihyeh lechulam lemelech velo yihyu-od lishney goyim velo yechatsu od lishtey mamlachot od.

23 Nunca mais se contaminarão com os seus ídolos, nem com as suas abominações, nem com qualquer das suas transgressões; livrá-los-ei de todas as suas apostasias em que pecaram e os purificarei. Assim, eles serão o meu povo, e eu serei o seu D-us.

Velo yitame'u od begiluleyhem uveshikutseyhem uvechol pish'eyhem vehoshati otam mikol moshvoteyhem asher chate'u vahem vetiharti otam vehayu-li le'am va'ani eheyeh lahem le-Elohim.

24 O meu servo Davi reinará sobre eles; todos eles terão um só pastor, andarão nos meus juízos, guardarão os meus estatutos e os observarão.

Ve'avdi David melech aleyhem vero'eh echad yihyeh lechulam uvemishpatay yelechu vechukotay yishmeru ve'asu otam.

25 Habitarão na terra que dei a meu servo Jacó, na qual vossos pais habitaram; habitarão nela, eles e seus filhos e os filhos de seus filhos, para sempre; e Davi, meu servo, será seu príncipe eternamente.
Veyashvu al-ha'arets asher natati le'avdi le-Ya'akov asher yashvu-vah avoteychem veyashvu aleyha hemah uveneyhem uvney vneyhem ad-olam veDavid avedi nasi lahem le'olam.

26 Farei com eles aliança de paz; será aliança perpétua. Estabelecerei, e os multiplicarei, e porei o meu santuário no meio deles, para sempre.

27 O meu tabernáculo estará com eles; eu serei o seu D-us, e eles serão o meu povo.

Vecharati lahem berit shalom berit olam yihyeh otam unetatim vehirbeyti otam venatati et-mikdashi betocham-le'olam.

28 As nações saberão que eu sou o ETERNO que santifico a Israel, quando o meu santuário estiver para sempre no meio dele

Vehayah mishkani aleyhem vehayiti lahem le-Elohim vehemah yihyu-li le'am.
PARASHÁ VAYIGÁSH y b i e

E se aproximou

Shabat: para eliminar conflitos.

Energia: Netzach de Guevurá - A Perseverança da Disciplina

Meditação: A permanência da Força e da Disciplina. Força e Disciplina são atributos fundamentais para enfrentarmos os momentos difíceis de nossa vida. Porém é exatamente nesses momentos que tendemos a perdê-los. Permanecer sempre forte significa ter sempre confiança em nós mesmos e em Hashem. É sabermos que Hashem nos torna capazes de superar todos os obstáculos. A permanência na disciplina também é muito difícil. Quando queremos nos disciplinar em algo, é impressionante como tudo acontece para dificultar essa meta. Um caminho de retidão, por exemplo, é uma proposta de tempo integral; e as práticas exigem regularidade para que consolidem alguma coisa. Há pessoas que se comprometem com um caminho espiritual como quem faz um curso de idiomas, basta 1h30, duas vezes por semana durante dois anos e fim. Isso não faz qualquer sentido. As orientações da Torá devem ser aplicadas todo o tempo e em todas as situações.

Exercício: A minha Força permanece em momentos difíceis ou só de vez em quando? Tenho confiança em mim e em Hashem? A minha disciplina sobrevive aos obstáculos? Reflita na regularidade do seu estado de permanência em algo elevado que, por sua própria natureza, exige mais de você. Torne a Força e a Disciplina fatores contínuos em sua vida.


Salmo: 48


Torá: Bereshit (Gênesis) 46:28


Vayigash

y b i e

Heri
i x d

Yechu
e g i
PARASHÁ VAYIGÁSH y b i e


Gn 44:18 - 47:27

Gn 44
18 Então, Judá se aproximou dele e disse: Ah! senhor meu, rogo-te, permite que teu servo diga uma palavra aos ouvidos do meu senhor, e não se acenda a tua ira contra o teu servo; porque tu és como o próprio Faraó.
19 Meu senhor perguntou a seus servos: Tendes pai ou irmão?
20 E respondemos a meu senhor: Temos pai já velho e um filho da sua velhice, o mais novo, cujo irmão é morto; e só ele ficou de sua mãe, e seu pai o ama.
21 Então, disseste a teus servos: Trazei-mo, para que ponha os olhos sobre ele.
22 Respondemos ao meu senhor: O moço não pode deixar o pai; se deixar o pai, este morrerá.
23 Então, disseste a teus servos: Se vosso irmão mais novo não descer convosco, nunca mais me vereis o rosto.
24 Tendo nós subido a teu servo, meu pai, e a ele repetido as palavras de meu senhor,
25 disse nosso pai: Voltai, comprai-nos um pouco de mantimento.
26 Nós respondemos: Não podemos descer; mas, se nosso irmão mais moço for conosco, desceremos; pois não podemos ver a face do homem, se este nosso irmão mais moço não estiver conosco.
27 Então, nos disse o teu servo, nosso pai: Sabeis que minha mulher me deu dois filhos;
28 um se ausentou de mim, e eu disse: Certamente foi despedaçado, e até agora não mais o vi;
29 se agora também tirardes este da minha presença, e lhe acontecer algum desastre, fareis descer as minhas cãs com pesar à sepultura.
30 Agora, pois, indo eu a teu servo, meu pai, e não indo o moço conosco, visto a sua alma estar ligada com a alma dele,
31 vendo ele que o moço não está conosco, morrerá; e teus servos farão descer as cãs de teu servo, nosso pai, com tristeza à sepultura.
32 Porque teu servo se deu por fiador por este moço para com o meu pai, dizendo: Se eu o não tornar a trazer-te, serei culpado para com o meu pai todos os dias.
33 Agora, pois, fique teu servo em lugar do moço por servo de meu senhor, e o moço que suba com seus irmãos.
34 Porque como subirei eu a meu pai, se o moço não for comigo? Para que não veja eu o mal que a meu pai sobrevirá.

Gn 45
1 Então, José, não se podendo conter diante de todos os que estavam com ele, bradou: Fazei sair a todos da minha presença! E ninguém ficou com ele, quando José se deu a conhecer a seus irmãos.
2 E levantou a voz em choro, de maneira que os egípcios o ouviam e também a casa de Faraó.
3 E disse a seus irmãos: Eu sou José; vive ainda meu pai? E seus irmãos não lhe puderam responder, porque ficaram atemorizados perante ele.
4 Disse José a seus irmãos: Agora, chegai-vos a mim. E chegaram-se. Então, disse: Eu sou José, vosso irmão, a quem vendestes para o Egito.
5 Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos irriteis contra vós mesmos por me haverdes vendido para aqui; porque, para conservação da vida, D-us me enviou adiante de vós.
6 Porque já houve dois anos de fome na terra, e ainda restam cinco anos em que não haverá lavoura nem colheita.
7 D-us me enviou adiante de vós, para conservar vossa sucessão na terra e para vos preservar a vida por um grande livramento.
8 Assim, não fostes vós que me enviastes para cá, e sim D-us, que me pôs por pai de Faraó, e senhor de toda a sua casa, e como governador em toda a terra do Egito.
9 Apressai-vos, subi a meu pai e dizei-lhe: Assim manda dizer teu filho José: D-us me pôs por senhor em toda terra do Egito; desce a mim, não te demores.
10 Habitarás na terra de Gósen e estarás perto de mim, tu, teus filhos, os filhos de teus filhos, os teus rebanhos, o teu gado e tudo quanto tens.
11 Aí te sustentarei, porque ainda haverá cinco anos de fome; para que não te empobreças, tu e tua casa e tudo o que tens.
12 Eis que vedes por vós mesmos, e meu irmão Benjamim vê também, que sou eu mesmo quem vos fala.
13 Anunciai a meu pai toda a minha glória no Egito e tudo o que tendes visto; apressai-vos e fazei descer meu pai para aqui.
14 E, lançando-se ao pescoço de Benjamim, seu irmão, chorou; e, abraçado com ele, chorou também Benjamim.
15 José beijou a todos os seus irmãos e chorou sobre eles; depois, seus irmãos falaram com ele.
16 Fez-se ouvir na casa de Faraó esta notícia: São vindos os irmãos de José; e isto foi agradável a Faraó e a seus oficiais.
17 Disse Faraó a José: Dize a teus irmãos: Fazei isto: carregai os vossos animais e parti; tornai à terra de Canaã,
18 tomai a vosso pai e a vossas famílias e vinde para mim; dar-vos-ei o melhor da terra do Egito, e comereis a fartura da terra.
19 Ordena-lhes também: Fazei isto: levai da terra do Egito carros para vossos filhinhos e para vossas mulheres, trazei vosso pai e vinde.
20 Não vos preocupeis com coisa alguma dos vossos haveres, porque o melhor de toda a terra do Egito será vosso.
21 E os filhos de Israel fizeram assim. José lhes deu carros, conforme o mandado de Faraó; também lhes deu provisão para o caminho.
22 A cada um de todos eles deu vestes festivais, mas a Benjamim deu trezentas moedas de prata e cinco vestes festivais.
23 Também enviou a seu pai dez jumentos carregados do melhor do Egito, e dez jumentos carregados de cereais e pão, e provisão para o seu pai, para o caminho.
24 E despediu os seus irmãos. Ao partirem, disse-lhes: Não contendais pelo caminho.
25 Então, subiram do Egito, e vieram à terra de Canaã, a Jacó, seu pai,
26 e lhe disseram: José ainda vive e é governador de toda a terra do Egito. Com isto, o coração lhe ficou como sem palpitar, porque não lhes deu crédito.
27 Porém, havendo-lhe eles contado todas as palavras que José lhes falara, e vendo Jacó, seu pai, os carros que José enviara para levá-lo, reviveu-se-lhe o espírito.
28 E disse Israel: Basta; ainda vive meu filho José; irei e o verei antes que eu morra.

Gn 46
1 Partiu, pois, Israel com tudo o que possuía, e veio a Berseba, e ofereceu sacrifícios ao D-us de Isaque, seu pai.
2 Falou D-us a Israel em visões, de noite, e disse: Jacó! Jacó! Ele respondeu: Eis-me aqui!
3 Então, disse: Eu sou D-us, o D-us de teu pai; não temas descer para o Egito, porque lá eu farei de ti uma grande nação.
4 Eu descerei contigo para o Egito e te farei tornar a subir, certamente. A mão de José fechará os teus olhos.
5 Então, se levantou Jacó de Berseba; e os filhos de Israel levaram Jacó, seu pai, e seus filhinhos, e as suas mulheres nos carros que Faraó enviara para o levar.
6 Tomaram o seu gado e os bens que haviam adquirido na terra de Canaã e vieram para o Egito, Jacó e toda a sua descendência.
7 Seus filhos e os filhos de seus filhos, suas filhas e as filhas de seus filhos e toda a sua descendência, levou-os consigo para o Egito.
8 São estes os nomes dos filhos de Israel, Jacó, e seus filhos, que vieram para o Egito: Rúben, o primogênito de Jacó.
9 Os filhos de Rúben: Enoque, Palu, Hezrom e Carmi.
10 Os filhos de Simeão: Jemuel, Jamim, Oade, Jaquim, Zoar e Saul, filho de uma mulher cananéia.
11 Os filhos de Levi: Gérson, Coate e Merari.
12 Os filhos de Judá: Er, Onã, Selá, Perez e Zera; Er e Onã, porém, morreram na terra de Canaã. Os filhos de Perez foram: Hezrom e Hamul.
13 Os filhos de Issacar: Tola, Puva, Jó e Sinrom.
14 Os filhos de Zebulom: Serede, Elom e Jaleel.
15 São estes os filhos de Lia, que ela deu à luz a Jacó em Padã-Arã, além de Diná, sua filha; todas as pessoas, de seus filhos e de suas filhas, trinta e três.
16 Os filhos de Gade: Zifiom, Hagi, Suni, Esbom, Eri, Arodi e Areli.
17 Os filhos de Aser: Imna, Isvá, Isvi, Berias e Sera, irmã deles; e os filhos de Berias: Héber e Malquiel.
18 São estes os filhos de Zilpa, a qual Labão deu a sua filha Lia; e estes deu ela à luz a Jacó, a saber, dezesseis pessoas.
19 Os filhos de Raquel, mulher de Jacó: José e Benjamim.
20 Nasceram a José na terra do Egito Manassés e Efraim, que lhe deu à luz Asenate, filha de Potífera, sacerdote de Om.
21 Os filhos de Benjamim: Belá, Bequer, Asbel, Gera, Naamã, Eí, Rôs, Mupim, Hupim e Arde.
22 São estes os filhos de Raquel, que nasceram a Jacó, ao todo catorze pessoas.
23 O filho de Dã: Husim.
24 Os filhos de Naftali: Jazeel, Guni, Jezer e Silém.
25 São estes os filhos de Bila, a qual Labão deu a sua filha Raquel; e estes deu ela à luz a Jacó, ao todo sete pessoas.
26 Todos os que vieram com Jacó para o Egito, que eram os seus descendentes, fora as mulheres dos filhos de Jacó, todos eram sessenta e seis pessoas;
27 e os filhos de José, que lhe nasceram no Egito, eram dois. Todas as pessoas da casa de Jacó, que vieram para o Egito, foram setenta.
28 Jacó enviou Judá adiante de si a José para que soubesse encaminhá-lo a Gósen; e chegaram à terra de Gósen.
29 Então, José aprontou o seu carro e subiu ao encontro de Israel, seu pai, a Gósen. Apresentou-se, lançou-se-lhe ao pescoço e chorou assim longo tempo.
30 Disse Israel a José: Já posso morrer, pois já vi o teu rosto, e ainda vives.
31 E José disse a seus irmãos e à casa de seu pai: Subirei, e farei saber a Faraó, e lhe direi: Meus irmãos e a casa de meu pai, que estavam na terra de Canaã, vieram para mim.
32 Os homens são pastores, são homens de gado, e trouxeram consigo o seu rebanho, e o seu gado, e tudo o que têm.
33 Quando, pois, Faraó vos chamar e disser: Qual é o vosso trabalho?
34 Respondereis: Teus servos foram homens de gado desde a mocidade até agora, tanto nós como nossos pais; para que habiteis na terra de Gósen, porque todo pastor de rebanho é abominação para os egípcios.

Gn 47
1 Então, veio José e disse a Faraó: Meu pai e meus irmãos, com os seus rebanhos e o seu gado, com tudo o que têm, chegaram da terra de Canaã; e eis que estão na terra de Gósen.
2 E tomou cinco dos seus irmãos e os apresentou a Faraó.
3 Então, perguntou Faraó aos irmãos de José: Qual é o vosso trabalho? Eles responderam: Os teus servos somos pastores de rebanho, tanto nós como nossos pais.
4 Disseram mais a Faraó: Viemos para habitar nesta terra; porque não há pasto para o rebanho de teus servos, pois a fome é severa na terra de Canaã; agora, pois, te rogamos permitas habitem os teus servos na terra de Gósen.
5 Então, disse Faraó a José: Teu pai e teus irmãos vieram a ti.
6 A terra do Egito está perante ti; no melhor da terra faze habitar teu pai e teus irmãos; habitem na terra de Gósen. Se sabes haver entre eles homens capazes, põe-nos por chefes do gado que me pertence.
7 Trouxe José a Jacó, seu pai, e o apresentou a Faraó; e Jacó abençoou a Faraó.
8 Perguntou Faraó a Jacó: Quantos são os dias dos anos da tua vida?
9 Jacó lhe respondeu: Os dias dos anos das minhas peregrinações são cento e trinta anos; poucos e maus foram os dias dos anos da minha vida e não chegaram aos dias dos anos da vida de meus pais, nos dias das suas peregrinações.
10 E, tendo Jacó abençoado a Faraó, saiu de sua presença.
11 Então, José estabeleceu a seu pai e a seus irmãos e lhes deu possessão na terra do Egito, no melhor da terra, na terra de Ramessés, como Faraó ordenara.
12 E José sustentou de pão a seu pai, a seus irmãos e a toda a casa de seu pai, segundo o número de seus filhos.
13 Não havia pão em toda a terra, porque a fome era mui severa; de maneira que desfalecia o povo do Egito e o povo de Canaã por causa da fome.
14 Então, José arrecadou todo o dinheiro que se achou na terra do Egito e na terra de Canaã, pelo cereal que compravam, e o recolheu à casa de Faraó.
15 Tendo-se acabado, pois, o dinheiro, na terra do Egito e na terra de Canaã, foram todos os egípcios a José e disseram: Dá-nos pão; por que haveremos de morrer em tua presença? Porquanto o dinheiro nos falta.
16 Respondeu José: Se vos falta o dinheiro, trazei o vosso gado; em troca do vosso gado eu vos suprirei.
17 Então, trouxeram o seu gado a José; e José lhes deu pão em troca de cavalos, de rebanhos, de gado e de jumentos; e os sustentou de pão aquele ano em troca do seu gado.
18 Findo aquele ano, foram a José no ano próximo e lhe disseram: Não ocultaremos a meu senhor que se acabou totalmente o dinheiro; e meu senhor já possui os animais; nada mais nos resta diante de meu senhor, senão o nosso corpo e a nossa terra.
19 Por que haveremos de perecer diante dos teus olhos, tanto nós como a nossa terra? Compra-nos a nós e a nossa terra a troco de pão, e nós e a nossa terra seremos escravos de Faraó; dá-nos semente para que vivamos e não morramos, e a terra não fique deserta.
20 Assim, comprou José toda a terra do Egito para Faraó, porque os egípcios venderam cada um o seu campo, porquanto a fome era extrema sobre eles; e a terra passou a ser de Faraó.
21 Quanto ao povo, ele o escravizou de uma a outra extremidade da terra do Egito.
22 Somente a terra dos sacerdotes não a comprou ele; pois os sacerdotes tinham porção de Faraó e eles comiam a sua porção que Faraó lhes tinha dado; por isso, não venderam a sua terra.
23 Então, disse José ao povo: Eis que hoje vos comprei a vós outros e a vossa terra para Faraó; aí tendes sementes, semeai a terra.
24 Das colheitas dareis o quinto a Faraó, e as quatro partes serão vossas, para semente do campo, e para o vosso mantimento e dos que estão em vossas casas, e para que comam as vossas crianças.
25 Responderam eles: A vida nos tens dado! Achemos mercê perante meu senhor e seremos escravos de Faraó.
26 E José estabeleceu por lei até ao dia de hoje que, na terra do Egito, tirasse Faraó o quinto; só a terra dos sacerdotes não ficou sendo de Faraó.
27 Assim, habitou Israel na terra do Egito, na terra de Gósen; nela tomaram possessão, e foram fecundos, e muito se multiplicaram.
PARASHÁ VAYIGÁSH y b i e

E disse: Eu sou Él, Elohim de teu pai; Não temas descer a Mitzraim, porque lá Eu farei de ti uma grande nação. Gn: 46:3.

Há um grande elemento comum entre os patriarcas de nossa Tradição – todos passaram por grandes forças de restrição em suas vidas. Qual é o objetivo destas forças de restrição? Mitzraim representa o mundo limitado e restrito da fisicalidade. Sendo assim, o mundo físico é reconhecido como sendo o Mundo da Restrição (resistência). Mas como podemos iluminar nossa relação com este mundo de restrição?

Segundo os Princípios da Cabalá Contemplativa, o universo inteiro opera através de um sistema de três colunas. Na Cabalá, o principal mediador que atua entre a influência positiva e a influência negativa é conhecida como "Coluna Central". Esse é o elemento neutro entre as polaridades "positiva" e "negativa". A Coluna Central representa o princípio mediador que deve servir como canal entre as duas polaridades, a fim de que a energia possa se manifestar. A Coluna Central é uma força moderadora que funciona da mesma forma que um filamento deve exercer resistência para revelar a luz. Da mesma forma quando estabelecemos uma resistência voluntária em nossos desejos, também conseguimos revelar a Luz Espiritual oculta por trás do aparente mundo físico. Este é essencialmente o grande paradoxo da existência, para termos as coisas temos que ter e projetar o desejo de receber, mais para atingir os nossos objetivos devemos restringir o que queremos receber, pois unicamente através da restrição é que se revela a energia.

A restrição é a energia-inteligência da Coluna Central da Árvore da Vida. Ao resistir ao que queremos receber, criamos uma conexão que compartilha conosco. Esse conceito nos parece muito estranho em uma primeira visão.

Aprendemos que toda a energia que se revela neste mundo de restrição é energia refletida (restringida). Por isso, se quisermos receber (revelar a energia que desejamos), temos que reter a ação de nosso desejo e com isso criar um bloqueio ao fluxo de receber. No momento em que decidimos pela Coluna Central, criamos uma interferência no mundo de Malchut, somente assim é que a energia positiva torna-se revelada.

Os cabalistas nos ensinam que, quanto maior for o nosso desejo de possuir alguma coisa menos probabilidades temos de consegui-la e, ao contrário, resistir a aquilo que mais desejamos é a maneira mais segura de obtermos as coisas. Esta aparente contradição é um desafio a tudo o que temos aprendido. Como se pode esperar que venhamos a chegar a alguma parte deste mundo se recusarmos e restringirmos o que mais desejamos?

O fato é que a idéia da resistência é um modo operante no mundo físico e também deve por sua vez governar o âmbito metafísico, incluindo nossa vida emocional e nossos pensamentos.
Assim, devido a circunstâncias culturais e condicionamentos educacionais, não nos surpreende que o ser humano não possa compreender e por isso mesmo abraçar com toda a convicção, em primeira instância, o conceito da resistência. Não é fácil romper com níveis profundos de condicionamentos robóticos profundamente enraizados.

Como é o caso de todas as verdades cabalísticas, a idéia de resistir ao que mais se deseja, não pode vir unicamente por intermédio da lógica – deve-se fazer uso da experiência. O pensamento racional é uma ferramenta, mas como qualquer ferramenta possui suas limitações.

Devemos nos lembrar que não é a Luz o que a Cabalá nos pede para afastarmos e sim a obstrução da Luz, o desejo de receber para si mesmo. Ao resistir ao que mais desejamos, criamos um estado alterado de consciência. Simplesmente, ao criarmos o tzimtzum, o ato original da Criação, a pessoa cria afinidade com a Luz e alcança a união com o Or Ein Soph.

Mas, se a Luz esta presente a todo tempo e em todos os lugares, como pode só ser revelada dentro de Mitzraim?

A Cabalá classifica a Luz de acordo com duas divisões, "Or" e "Shefá". Dentro da perspectiva humana, esta última é a mais importante dentre todas.

A Or (Luz) se manifesta unicamente ao estabelecer contato com a resistência. A luz do sol, em relação à Or, se revela unicamente quando se reflete em algo físico. A Luz que é vista chama-se Shefá. Isso se dá pelo fato de a Or é invisível, o Shefá é a única luz que revela e, por isso, é a única luz que podemos ver.

Os cabalistas nos ensinam que a Luz (Or) está em toda à parte, no ar, na água, até mesmo no centro da Terra. A Presença Infinita de Or Ein Soph penetra tanto no físico como no extrafísico com igual intensidade. O paradoxo é que nenhuma luz se revela ao menos que passe por um processo de resistência. E esta é a diferença entre a Or e o Shefá. A Or está presente em toda à parte, mas não é revelada por não sofrer nenhuma ação de resistência. Assim sendo, se a Luz está presente mesmo quando não revelada isso significa que todos os desejos são potencialmente concedidos e que cada desejo já está absolutamente satisfeito. Para os cabalistas não há nenhuma possibilidade de que um desejo surja sem que sua satisfação tenha sido plenamente alcançada em um nível extrafísico. Neste mundo de restrição nada se manifesta sem que tenha existido um pensamento prévio. Nada existe hoje que já não tenha existido no Ein Soph.

Devemos ter a consciência de que quanto maior for a capacidade de se refletir (sofrer resistência) maior é a luz que se revela. Assim sendo, o desejo de receber para si mesmo, que é o ponto máximo da capacidade de adsorção, não revela nada, no entanto, o desejo de compartilhar, que é a natureza refletida de nossa alma, revela tudo o que pode ser revelado.

Unicamente a humanidade necessita exercer a resistência voluntária para revelar a Luz. O fracasso ao restringir e conseqüentemente refletir a Luz que se oferece livremente, pode resultar em todo o tipo de caos de vazio.

O livre arbítrio é um privilégio reservado unicamente a quem elege exercê-lo. Os cabalistas nos ensinam que a extensão do livre arbítrio do homem reside em sua capacidade e em sua vontade de restringir os aspectos negativos do desejo. Ao restringirmos o desejo de receber para si mesmo, revelamos a Luz que dorme dentro de nós. É somente por intermédio do sistema de restrição que podemos adquirir o livre arbítrio. O homem que não exerce resistência voluntária contra seu desejo de receber para si mesmo não possui livre arbítrio. A consciência requer um incessante esforço de resistência. Depois do tzimtzum, a única forma de exercer o livre arbítrio passou a ser através da resistência dos aspectos negativos do desejo. O único livre arbítrio é escolher não caminhar pelo Yetzer Hará (má inclinação). E sermos assim, soberanos em nossa existência dentro do mundo físico (Malchut).

"E habitarão na terra que dei ao Meu servo Yacov, onde moraram os vossos pais, e nela voltarão habitar eles, seus filhos, e os filhos dos seus filhos, para sempre; e Meu servo David será seu príncipe para sempre”.Ezequiel 37: 25

Ivdu et HaShem B’simchá
Sirvamos a HaShem com alegria
PARASHÁ VAYIGÁSH y b i e

Bereshit: 44:18 - 47:27




A Parashat Vayigásh começa com a súplica ardorosa de Yehudá ao poderoso governante egípcio (Yossef ainda disfarçado) pela vida de Binyamin, alegando que Yaacov certamente morreria de dor se perdesse seu filho mais jovem. Yehudá se oferece para permanecer no Egito como escravo no lugar do irmão mais novo.

Yossef, incapaz de se segurar por mais tempo, revela sua identidade a seus atônitos irmãos, perdoando-os por vendê-lo como escravo, anos antes, declarando que enviá-lo ao Egito era parte do plano Divino de preparar a sobrevivência da escassez.

Yossef então os envia de volta para a Terra de Israel carregados de presentes pedindo que tragam Yaacov e sua família de volta ao Egito onde viverão na província de Goshen. Antes que Yaacov saia de casa, D'us aparece a ele reafirmando-lhe que Ele estará com eles e que ao final retornarão à Terra de Israel como uma grande nação. Após vinte e dois anos de separação, Yaacov finalmente se reúne com seu amado filho Yossef, e são levados ao encontro do Faraó.

A porção termina descrevendo como Yossef usou seus vastos poderes para amealhar quase toda a riqueza do Egito para o tesouro do Faraó.

Mensagem da Parashá

Conta a história que Aristóteles foi certa vez apanhado em flagrante por alguns de seus alunos, cometendo um ato degradante que não condizia com sua posição. Os discípulos ficaram atônitos. Afinal, pensaram eles, estamos tratando com um dos maiores pensadores de todos os tempos, e conseqüentemente, ele deveria personificar alguém extremamente elevado. Como poderia cair a tal nível?
Sentindo a necessidade de reparar o dano, Aristóteles declarou: "Qual é o problema? Aristóteles não mudou. A palestra de amanhã ainda terá lugar às 9 horas. Mas agora estou me comportando como um ser humano comum, como qualquer um de vocês o faria!"

A reação à história acima é previsível. Que hipocrisia! Como pode uma pessoa com tal profundidade de pensamento chegar a este nível de degradação? A história não registra a reação dos alunos de Aristóteles a essa declaração; entretanto, bem pode-se imaginar que aqueles estudantes que testemunharam este comportamento foram provavelmente incapazes de assistir a palestra do dia seguinte.

A separação entre a teoria e a prática é muito comum. Todos estudamos e temos conhecimento de várias e virtuosas formas de comportamento, mesmo assim quando se trata de implementar estas maravilhosas filosofias, parece haver certa dificuldade. O que está faltando? Como podemos infundir em nossas ações os valores que tão facilmente entendemos?

A habilidade de conectar as conclusões lógicas da mente com sua execução em ação é uma faculdade conhecida em hebraico como "da'at". A palavra da'at literalmente significa conhecimento. Entretanto, a Torá também usa esta palavra referindo-se ao vínculo entre marido e mulher, indicando que da'at implica um grau de conhecimento que conecta e aproxima. Isto significa que não é o bastante simplesmente chegar a conclusões elevadas; a pessoa deve também comprometer-se com aquela conclusão, unificando a mente e o coração, órgão que controla as ações, dessa maneira obrigando-se a cumprir aquilo que foi tão claramente entendido.

Isto explica uma expressão inusitada que a Torá utiliza na Porção desta semana. Após a dramática descrição da revelação de Yossef aos irmãos, a Torá relata que Yossef "caiu sobre o pescoço de Binyamin e chorou, e Binyamin chorou em seu pescoço". Nossos Sábios explicam que Binyamin chorou porque percebeu a destruição definitiva do Mishcan, o Tabernáculo que ao final estaria localizado no quinhão de Yossef em Israel, e Yossef chorou porque percebeu a destruição do Bet Hamicdash, o Templo Sagrado, que estaria na porção de terra de Binyamin.

Deixando de lado a questão de que estavam chorando pela futura destruição nesta época, ainda precisa ser esclarecido por que estavam chorando especificamente no pescoço um do outro. Não faria mais sentido que o encontro acontecesse sobre a cabeça, ou perto dela, a parte mais elevada do corpo?

Na verdade, a função do pescoço é única, pois numa situação saudável ele age como um condutor entre a cabeça e o coração (e portanto o restante do corpo). Como o intelecto está situado fisicamente na cabeça, diz-se que nossos pensamentos podem também ser canalizados através do pescoço. Um bloqueio no pescoço, obstruindo a livre passagem do fluxo de pensamentos, é obviamente uma condição doentia. A função do pescoço é por isso, análoga à função do da'at. Ambos existem para forjar a conexão entre os pensamentos da mente que se traduzem em ações controladas pelo coração. Eis por que os irmãos choraram no pescoço um do outro.

Os Templos foram destruídos em conseqüência dos pecados do povo judeu. Em outras palavras, o povo judeu não pôs em ação aquilo que sabiam em suas mentes. Existia um bloqueio. Ao prantear a destruição, portanto, os irmãos choraram especificamente sobre o pescoço, ensinando-nos que apenas o entendimento intelectual não é suficiente. Os atos são o supremo e mais importante objetivo.


Yehudá se oferece para ser escravo no lugar de Binyamin

Quando Yehudá ouviu o governante egípcio dizer: "Binyamin será meu escravo!", ele ficou com muito medo.

Prometi a meu pai devolver-lhe Binyamin, pensou. "Tenho que cumprir minha promessa." Yehudá avançou corajosamente para o trono de Yossef.

Ouça-me, meu senhor, gritou zangado. "Se ousares reter meu irmão aqui, puxarei minha espada! Sabes o que acontecerá então? Vai haver muita gente morta no Egito, incluindo tu e o Faraó."

Yossef percebeu que Yehudá estava muito alterado. Ele poderia atacar a ele e a todos os habitantes da capital do Egito. Yossef acenou rapidamente para seu filho Menashê.

"Mostra a este homem que és tão forte quanto ele," ordenou Yossef a seu filho.

Menashê começou a dar pontapés nas paredes do palácio. Os golpes eram tão fortes que o palácio de Yossef começou a tremer!

Yehudá ficou assombrado e pensou: "Quem será este homem forte? Ele deve ser da família de Yaacov, pois não conheço ninguém que tenha força tão tremenda. É melhor não começar uma luta. Vou implorar ao governante para libertar Binyamin."

Yehudá começou com palavras gentis:

Por favor, deixe ir nosso irmão Binyamin. Tu nos forçaste a trazê-lo. Veja, nosso pai foi contra isso, porque a sua querida esposa Rachel tinha só dois filhos e o mais velho morreu. Yehudá ficou temeroso de dizer que Yossef ainda estava vivo, senão o governante poderia dizer, Traga-o também.

Agora só resta Binyamin. Nosso pai tem tanta afeição por ele que, morrerá de tristeza se Binyamin não voltar. Prometi a meu pai que, levaria Binyamin de volta.

Sou mais forte que Binyamin e mais eficiente. Por favor, fique comigo como escravo no lugar dele. Como posso suportar ver a dor de meu pai se voltarmos sem Binyamin! Tenha pena de nosso pai."

Yossef se revela

Yossef não pôde agüentar quando Yehudá falou na dor de seu pai.

Rápido! Que todos os egípcios deixem a sala, ordenou Yossef. Que apenas fiquem os dez irmãos.

Quando ficou a sós com seus irmãos, ele disse:

"Sei onde está seu irmão perdido. Ele está bem aqui."

Os irmãos o olharam. Do que ele estava falando? Onde estava Yossef?

Sou seu irmão Yossef! - exclamou ele e acrescentou em voz baixa: "Eu sou Yossef, a quem vocês venderam aos egípcios!" Yossef não queria que os egípcios que estavam do lado de fora ouvissem estas palavras, senão os irmãos ficariam envergonhados.

Os irmãos estavam por demais apavorados e envergonhados para falar com Yossef. Eles tinham medo que ele agora os castigasse por tê-lo vendido. O choque da notícia repentina foi muito grande para eles, mas Yossef começou gentilmente a acalmá-los, dizendo:

"Não tenham medo! Vocês não precisam se sentir mal por terem me vendido aos egípcios. Na realidade, isso foi uma ordem de D'us. D'us queria que me tornasse um governante no Egito para que eu pudesse supri-los com comida durante os anos de fome."

Yossef abraçou todos os seus irmãos. Lentamente, eles se recuperaram do choque.

Yossef, um verdadeiro Tsadic (justo)

Mesmo sendo um dirigente poderoso, ele não se vingou de seus irmãos por terem-no vendido e humilhado. Ao contrário, ele os confortou com palavras amáveis. Não tinha ressentimento algum contra eles, mesmo tendo sofrido tantos anos depois de ser vendido.

Yossef concluiu:

"Voltem rápido para casa e façam o pai saber que estou vivo. Contem-lhe também que sou um respeitado governante no Egito e tragam-no aqui e voltem todos vocês com suas famílias. Vou alimentá-los e cuidarei para que nada lhes falte."


Os irmãos contam a Yaacov que Yossef está vivo

Yossef carregou as sacolas dos irmãos com trigo. Deu aos irmãos roupas novas para substituir as rasgadas quando souberam que a taça de Yossef estava no saco de Binyamin. E mandou também um presente para seu pai.

Os irmãos voltaram e mandaram um mensageiro para Yaacov com a notícia: "Yossef está vivo. Ele é governante no Egito."

O coração de Yaacov quase parou de bater. "Não pode ser verdade," pensou. "A notícia é maravilhosa demais."

Mas Yaacov viu as carroças carregadas com trigo e os presentes que os irmãos trouxeram.

"Somente um governante tem permissão para mandar carroças para fora do Egito," pensou Yaacov. Os irmãos também lhe disseram:

Yossef nos deu um sinal para ti, para que acredites na notícia. Ele o faz lembrar o último capítulo da Torá que o ensinaste, disseste sobre as leis da Egla Arufa (bezerro com o pescoço quebrado).

Agora Yaacov realmente acreditava que Yossef estava vivo:

"Como estou feliz!", exclamou. "Quero ir já para o Egito para vê-lo."

O Midrash explica: Quem deu para Yaacov a notícia de que Yossef ainda estava vivo.

Vocês sabem quem foi o mensageiro que primeiro deu a notícia para Yaacov de que seu filho Yossef estava vivo?

Vocês devem ter ouvido que foi a neta de Yaacov, Serach, filha de Asher.

Os irmãos a escolheram porque eles precisavam de um mensageiro inteligente para dar a notícia. Mesmo que fosse uma notícia maravilhosa, ao descobrir que seu filho ainda estava vivo, o choque repentino de uma notícia tão inesperada poderia prejudicar a saúde de Yaacov. Vocês devem se lembrar de Yaacov era um homem velho, tinha 130 anos de idade. E Yossef estivera ausente por 22 anos.

Por esta razão, os irmãos escolheram Serach que sabiam ser uma moça inteligente, e que tocava harpa muito bem.

Serach começou a tocar música para seu avô e murmurar as palavras "Meu tio Yossef ainda está vivo; ele é um governante no Egito." Ela repetiu estas palavras sem parar até que o avô começou a sorrir.

"O que você está cantando, Serach, é muito bonito!" - disse o avô. "Parece uma boa notícia. Que você seja abençoada com uma vida longa por animar-me com tão esperançosas notícias!"

Apesar disso, na realidade Yaacov não acreditou em sua neta até que os irmãos confirmaram a notícia e ele viu as carroças que Yossef tinha mandado.

Há uma opinião diferente de que foi Naftali quem primeiro deu a notícia a Yaacov de que Yossef estava vivo. Naftali corria rápido e sempre levava recados para os irmãos e para o pai. Por isso, os irmãos o mandaram na frente para fazer Yaacov saber as boas novas o mais rápido possível.

Porém, antes disso, todos os irmãos se reuniram e anularam o juramento que fizeram de não contar a ninguém que Yossef estava vivo.

Yaacov, seus filhos e suas famílias viajam para o Egito

Ainda que o mais caro desejo de Yaacov fosse rever Yossef, ele não se atreveu a ir para o Egito sem pedir permissão a D'us.

"Será que tenho permissão para deixar a Terra de Israel," questionou, "a terra de meus pais, onde D'us se revelou para mim? Talvez eu não possa ir viver entre os egípcios que não temem D'us."

Yaacov foi até Be'er Shêva para perguntar a D'us.

D'us lhe assegurou: "Não tenhas medo de ir para o Egito. Irei acompanhá-lo e protegê-lo. Farei com que seus filhos não fiquem lá para sempre. Vou resgatá-los e trazê-los de volta para Israel."

Então, Yaacov, seus filhos, suas famílias pegaram todos os seus pertences e seu gado e começaram sua jornada para o Egito.

D'us mandou seiscentos mil anjos para acompanhá-los a este país estranho e protegê-los. Yaacov disse para seu filho Yehudá:

"Vá à frente para preparar casas no Egito onde possamos viver. Prepare também um Bet Hamidrash, Casa de Estudos, onde eu possa ensinar a Torá a todos vocês e onde possam estudar."

Yaacov e Yossef se encontram

Quando Yossef soube que seu pai estava chegando, ele preparou sua carruagem e foi ao seu encontro para lhe dar boas-vindas e cumprimentá-lo.

Yaacov não reconheceu Yossef de imediato. Tinha certeza que um nobre egípcio estava cavalgando a sua frente e se curvou em respeito.

Yossef começou a chorar porque seu pai se curvou perante ele. Disse a seu pai quem era, abraçou-o e beijou-o. Neste momento, Yaacov rezava o Shemá. Ele queria tanto beijar Yossef a quem não via há vinte e dois anos! Mas ele se conteve e primeiro completou o Shemá, em agradecimento a D'us.

Quando Yaacov olhou para o rosto de Yossef, ele pôde ver que seu filho ainda era um Tsadic. A felicidade de Yaacov não teve limites.

Yossef apresenta seu pai e seus irmãos ao Faraó

Logo, Yossef apresentou alguns dos seus irmãos ao Faraó.

"Qual seu trabalho?" - perguntou-lhes o Faraó.

"Somos pastores," responderam os irmãos. "Por favor, permita que vivamos no distrito de Goshen onde há muitos campos bons para nosso rebanho."
O Faraó concordou. E os irmãos de Yossef ficaram contentes. Eles não queriam viver na capital, perto da corte, onde o Faraó poderia dar-lhes altas posições ou engajá-los no exército. Eles desejavam levar uma vida calma como pastores para ter tempo de servir a D'us e estudar a Torá.

Yossef também levou seu pai Yaacov até o trono do Faraó. Yaacov cumprimentou o Faraó e o abençoou:

"Possa o rio Nilo inundar a terra para que ela possa produzir de novo!"

D'us realizou a bênção de Yaacov. Após dois anos de fome, as águas do Nilo inundaram de novo a terra e os cereais começaram a crescer. A fome então terminou.

Yaacov e sua família se instalaram em Goshen. Yossef cuidou para que todos recebessem comida suficiente.

Yossef reúne riquezas para o Faraó durante os anos de fome

O que os egípcios comiam durante os anos da fome (antes de Yaacov chegar ao Egito)?

Eles compravam mais e mais cereais de Yossef e depois de certo tempo haviam gasto todo seu dinheiro.

"Como compraremos comida agora?" - pensavam eles. E decidiram: "Vamos vender nosso gado e dar o dinheiro para Yossef em troca de comida."

No segundo ano da carestia, o dinheiro que os egípcios receberam de seu gado também terminou. Em desespero, os egípcios foram até Yossef e disseram:

"Não temos mais dinheiro para comprar comida. Estamos prontos para dar ao Faraó nossa terra e nos tornarmos seus escravos se continuares a nos dar comida."

Yossef concordou.

O que Yossef fez com a enorme quantidade de ouro e prata que as pessoas lhe trouxeram em troca de cereais?

Yossef colocou tudo no tesouro do Faraó. Poderia facilmente ter guardado algum dinheiro para si e ficado rico, mas não o fez. Yossef era tão honesto que não ficaria com dinheiro algum. E também não deu dinheiro algum para seu pai ou seus irmãos.

Uma história: A honestidade de Rabi Chanina

Quando Rabi Chanina foi visitar Rabi Yonatan, eles ficaram juntos no lindo jardim de Rabi Yonatan, cheio de árvores frutíferas. Rabi Yonatan ofereceu para seu visitante figos e Rabi Chanina aceitou.

Eles conversaram sobre tópicos da Torá e, depois de algum tempo, estava na hora de Rabi Chanina ir embora.

Quando estava quase saindo do jardim, Rabi Chanina reparou numa árvore que tinha uma qualidade diferente de figos, mais gostosos.

"Por que não me oferecestes destes figos deliciosos?" - perguntou Rabi Chanina a seu anfitrião. "Deves ter tido uma razão."

"Esta árvore pertence a meu filho," explicou Rabi Yonatan, "mas tenho certeza que ele não vai se incomodar se comeres alguns figos. Pegue alguns."

Rabi Chanina, porém recusou. Era um homem extremamente honesto.

"Não pensaria em tocar nestes figos," respondeu para Rabi Yonatan. "Fico longe de qualquer coisa que, D'us o livre, seja roubo."

Ele agradeceu a Rabi Yonatan e foi embora.

TEHILIM 48

TEHILIM 48

ח"מ קרפ םיליהת


אלמ ביתכ
זמ םיליהת

.חרק~ינבל ,רומזמ ריש א,חמ םיליהת

.ושדק~רה ,וניהלא ריעב --דאמ ללהמו הוהי לודג ב,חמ םיליהת

.בר ךלמ ,תירק ;ןופצ יתכרי ,ןויצ~רה:ץראה~לכ שושמ ,ףונ הפי ג,חמ םיליהת

.בגשמל עדונ ,היתונמראב םיהלא ד,חמ םיליהת

.ודחי ורבע ;ודעונ ,םיכלמה הנה~יכ ה,חמ םיליהת

.וזפחנ ולהבנ ;והמת ןכ ,ואר המה ו,חמ םיליהת

.הדלויכ ,ליח ;םש םתזחא ,הדער ז,חמ םיליהת

.שישרת תוינא ,רבשת --םידק חורב ח,חמ םיליהת

םיהלא:וניהלא ריעב ,תואבצ הוהי~ריעב--וניאר ןכ ,ונעמש רשאכ ט,חמ םיליהת
.הלס םלוע~דע הננוכי

.ךלכיה ,ברקב --ךדסח םיהלא ונימד י,חמ םיליהת

.ךנימי האלמ ,קדצ;ץרא~יוצק~לע ,ךתלהת ןכ --םיהלא ךמשכ אי,חמ םיליהת

.ךיטפשמ ,ןעמל :הדוהי תונב ,הנלגת--ןויצ רה ,חמשי בי,חמ םיליהת

.הילדגמ ,ורפס ;הופיקהו ,ןויצ ובס גי,חמ םיליהת

.ןורחא רודל ,ורפסת ןעמל :היתונמרא וגספ--הליחל ,םכבל ותיש די,חמ םיליהת

.תומ~לע ונגהני אוה ;דעו םלוע--וניהלא םיהלא ,הז יכ וט,חמ םיליהת


טמ םיליהת

ישארה ףדל רוזח



TEHILIM 48


Shir mizmor livnê Côrach. Gadol Adonai umehulal meod beir Elohênu har codshó. Iefê nof messos col haárets, har Tsión iarketê tsafon, kiriat mélech rav. Elohim bearmenotêha noda lemisgav. Ki hinê hamelachim noadu, averú iachdáv. Hêma raú ken tamáhu, nivhalú nechpázu. Reada achazátam sham, chil caioledá. Berúach cadim teshaber oniot tarshish. Caasher shamánu ken raínu beir Adonai Tsevaót beir Elohênu, Elohim iechonenêa ad olam, sêla. Dimínu Elohim chasdêcha bekérev hechalêcha. Keshimchá Elohim ken tehilatechá al catsvê érets, tsédec maleá ieminêcha. Yismach har Tsión, taguêlna benot Iehudá lemáan mishpatêcha. Sóbu Tsión vehakifuá, sifru migdalêha. Shitu libechem lechelá, passegú armenotêha, lemáan tessaperu ledor acharon. Ki ze Elohim Elohênu olam vad, hu ienahaguênu al mut.



TEHILIM 48

Cântico e salmo dos filhos de Côrach. Grandioso é o Eterno, e todos os louvores Lhe são dirigidos em Sua cidade, em Seu santo monte. O monte Tsión é a mais bela visão, alegria de toda terra, que se ergue ao norte da cidade do grande rei (David). Em seus palácios se fez o Eterno conhecer como baluarte inexpugnável. Pois agruparam-se reis e contra ele marcharam juntos. Mas ao vê-lo, se conturbaram e, perturbados, fugiram. Um tremor deles se apoderou em convulsões, como as de uma mulher que está por dar à luz. Com o vento oriental, Ele destroça as naus de Tarshish. Como ouvimos, assim pudemos isto ver na cidade do Eterno dos exércitos, na cidade de nosso D’us; pois para sempre Ele a consolidará. Sobre Tua benevolência meditamos em Teu Templo. Como Teu Nome, assim também Teu louvor alcança os confins da terra; de retidão está repleta a Tua Destra. Por Teus juízos, alegre-se o monte de Tsión e as filhas de Judá. Percorrei toda Tsión, andai a sua volta, contai suas torres. Contemplai suas muralhas, examinai seus palácios para narrar o que viste às gerações vindouras. Pois este é o nosso D’us para todo o sempre; e é Ele que nos guiará mesmo além da vida.

o poder das palavras!

O Poder das Palavras
Um dos temas mais sérios e práticos que estudamos na cabala é o lashon hará ou maledicência. A quase totalidade das pessoas, independentemente de religião, idade ou classe social, pratica o lashon hará diariamente e experimenta seus indesejáveis efeitos.O lashon hará se apresenta sob várias formas: a mais conhecida é quando umapessoa fala a outra sobre os aspectos negativos de uma terceira pessoa. São pequenos machucados na alma, envolvendo neste caso:1) Quem fala: expressando pura negatividade atrai a mesma negatividade;2) Quem ouve: recebe toda aquela negatividade destrutiva;3) De quem se fala: aquele que não ouve, mas sente e se enfraquece.Este tipo de lashon hará é comum e aparece de muitas maneiras disfarçadas, mas não por isso menos nocivas. Por exemplo, quando você está com um amigo e começa a falar mal do governo, você realimenta a sua negatividade, a de seu amigo e daquele que exerce a função de governante.Mesmo que o governante seja desonesto, se o seu comentário não tiver um caráter construtivo simplesmente não o faça.Mas existem outros tipos de lashon hará, também nocivos e mais difíceis de serem identificados. Você vive se lamentando sobre si mesmo para os outros."Coitadinho de mim, estou sempre doente, sem dinheiro, insatisfeito" .Neste caso, o número de pessoas "machucadas" é de apenas dois, mas o efeito sobre suas vidas é igualmente devastador.Um terceiro tipo de lashon hará ocorre quando você ouve a maledicência de um outro. Seja seu amigo de infância, seja seu parente mais próximo, quando sentir que este começa a despejar negatividade em seus ouvidos, experimente correr dali e estará fazendo uma nobre ação para ambos.Enfim, se você, caro leitor, ainda duvida da importância de evitar todo este mal provocado pela negatividade da palavra, experimente um exercício: passe uma semana inteira sem falar mal dos outros, sem falar mal de si mesmo e evitando ao máximo ouvir a negatividade alheia. Prepare-se, não será tarefa fácil, mas o resultado final pode ser um milagre em sua vida.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

chauka-aspectos gerais

Chanuká- aspectos gerais
Ano após ano, à época de Chanuká, as luzes são acesas em todos os lares judaicos para celebrar os acontecimentos daqueles dias, com cânticos de louvor a D'us. Assim, os caminhos de Israel são iluminados pela mensagem eterna: "a luz espiritual de Israel nunca será apagada".
A festa de Chanuká inicia-se no dia 25 de Kislev, este ano ontem (dia 04 de dezembro), à noite, e o acendimento das velas vai até 2 de Tevet - 11 de dezembro, à noite. Desde a histórica vitória dos macabeus sobre os assírios, ocorrida em 165 a .E.C., os judeus celebram Chanuká durante oito dias.
A festividade comemora a preservação do espírito de Israel. Assim sendo, celebra-se Chanuká apenas espiritualmente, não havendo outros mandamentos a respeito. Além disso, durante os oito dias da festa, é proibido qualquer forma de luto público ou jejum, podendo-se, no entanto, trabalhar.
A chanukiá - candelabro de oito braços especial da festividade - deve ser acesa diariamente após o aparecimento das estrelas, com exceção da véspera do Shabat. Qualquer material incandescente pode ser usado para acendê-la, mas deve-se preferir a luz intensa do azeite ou de velas de cera ou parafina, grandes o bastante para permanecer ardendo no mínimo por meia hora. Por isso, se uma vela apagar durante esse tempo - com exceção da noite de Shabat, recomenda-se reacendê-la. Num lugar de destaque, no candelabro, há uma outra vela auxiliar, de preferência de cera, chamada shamash. Algumas comunidades usam o shamash para acender as demais velas; outras, uma vela adicional.
na sexta-feira à noite, véspera do Shabat, as velas devem ser acesas antes do pôr-do-sol. Nesse dia devem ser usadas velas maiores, para que ardam até meia-hora após o início do Shabat. Na noite seguinte, as velas de Chanuká só podem ser preparadas e acesas após o término do Shabat e a Havdalá. Na primeira noite, acende-se a vela da extrema direita e, em cada noite subseqüente, acrescenta-se uma nova do lado esquerdo da primeira e, assim, sucessivamente. A primeira vela a ser acesa é sempre a nova, procedendo-se da esquerda para a direita. Na segunda noite, por exemplo, acendem-se duas. A primeira vela deve ser colocada do lado direito da chanukiá e a segunda é adicionada à esquerda da primeira. É esta vela nova a primeira a ser acesa. Durante os oito dias, uma nova luz é adicionada, noite após noite, até completar as oito. Por ter um propósito sagrado, a luz da chanukiá não poderá ser usada para nenhum outro fim, como trabalho ou leitura.
Todos os membros da família devem estar presentes na hora de acender o candelabro. Desde que possam pegar com segurança uma vela, as crianças têm o mérito de participar, acendendo-as após ter sido acesa a primeira vela da noite. Aqueles que moram sozinhos devem ter suas próprias chanuquiot. As mulheres têm a mesma obrigação; portanto, em um lugar onde só há mulheres ou se o marido estiver viajando ou chegar tarde demais, cabe à mulher acender as velas e pronunciar as bênçãos. Nossos sábios enfatizavam a importância da participação feminina na cerimônia, pois grande parte da milagrosa vitória militar dos judeus sobre seus inimigos se deve a Yehudit. Rabi Yehoshua Ben-Levi diz: "As mulheres são obrigadas a cumprir a mitzvá de Chanuká, pois elas também são parte do milagre".
Quando o povo de Israel não vivia disperso entre outros povos, as luzes eram acesas na parte externa das casas, à esquerda de quem entra, ou seja, em frente à mezuzá. Atualmente, há vários costumes sobre onde se deve colocar a chanukiá. Alguns a colocam sobre uma mesa na janela que dá para a via pública ou no lado esquerdo da porta de entrada, em frente à mezuzá. Outros a colocam em lugar especial, na sala. Devem ser colocadas em uma altura entre três e dez palmos do chão, porém não mais de 9,6 metros , em lugar especial, isolado e de destaque.
Nas sinagogas, onde também se acendem as velas para disseminar as lições do milagre, a chanukiá deve estar na mesma posição do candelabro do Templo de Jerusalém. Mas o acender das velas na Casa de Orações não nos exime da obrigação de acendê-las em casa.
A que horas devemos acender as velas de Chanuká?As luzes devem ser acesas após anoitecer. Algumas autoridades religiosas aconselham acendê-las logo do pôr do sol. Outras, de 13 a 40 minutos mais tarde. Entretanto, se alguém não tem a possibilidade de acendê-las depois do anoitecer, pode fazê-lo antes, com a condição de que as velas fiquem acesas durante pelo menos meia hora depois da saída das estrelas.
Onde devemos colocar a chanukiá?O Talmud ensina que a chanukiá deve ser colocada ao lado da porta de entrada, de tal forma que fique do lado esquerdo da pessoa que estiver entrando na casa. A mezuzá fica do lado direito.Atualmente, costuma-se colocar a chanukiá dentro de casa, sobre uma mesa, em lugar especial. Em certas comunidades a mesa, é colocada perto de uma janela, de frente para a rua, para cumprir com o mandamento de propagar o milagre. Em outras, no lado esquerdo da porta de entrada, frente à mezuzá. Ou, ainda, há quem coloque a chanukiá em uma mesa baixa para que as crianças alcancem as velas.
Há alguma lei que determine que a mulher ou o homem deva acender a luz de Chanuká?Todas as pessoas devem cumprir o preceito de acender as velas, portanto mulheres e homens são igualmente obrigados a acender as luzes de Chanuká.
Podemos ler aproveitando a luz da chanukiá?Não. As velas da chanukiá não podem ser usadas para nenhum outro propósito, senão o de propagar o milagre de Chanuká. Assim, não podemos, por exemplo, jantar aproveitando a luz da chanukiá.
É verdade que não se pode trabalhar enquanto as luzes estiverem ardendo?Nossa atenção deve estar centrada na luz durante a meia hora em que ardem as velas. Por isso, as mulheres costumam não fazer tarefas domésticas durante o tempo obrigatório do acendimento das velas.
Podemos acender as demais luzes com uma das luzes da chanukiá?É proibido usar uma luz que representa uma noite de Chanuká para acender as demais ou para qualquer outro propósito. Para isto, utiliza-se o shamash.
O que fazer se uma das luzes da chanukiá se apagar?Depende do local onde a chanukiá estiver e se é shabat. Se o lugar onde colocamos a chanukiá é o adequado, já que a mitzvá é o ato de acender as velas, e uma delas se apagar depois da bênção, não há necessidade de reacendê-la. Mas se o lugar onde foi colocada a chanukiá não é um local adequado, somos obrigados a reacendê-la. No shabat não podemos reacendê-la.
O que fazer se a luz do shamash se apagar?Se não for shabat, poderá ser reacesa usando fósforos ou outra vela, mas nunca uma das luzes da chanukiá.
Podemos apagar as luzes da chanukiá?Sim, após estas ficarem acesas o tempo mínimo,ou seja, meia hora após a saída das estrelas. Só no shabat é proibido apagá-las.
Na sexta-feira, quando temos que acender as velas?Na sexta-feira à tarde, logo antes de acender as velas de shabat. Como precisamos acendê-las 18 minutos antes do início do shabat, é melhor usar naquele dia velas maiores para a chanukiá, para que durem pelo menos meia hora após a saída das estrelas.
E no sábado? Acende-se antes ou depois da Havdalá? A maioria das autoridades rabínicas recomenda acender a chanukiá após a Havdalá, já que esta é o término do Shabat. Em cada lar, deve-se acender a chanukiá depois da Havdalá. Somente na sinagoga a chanukiá pode ser acesa antes da Havdalá.Resumido de revista Menorah

domingo, 2 de dezembro de 2007

celebrando chanuka

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Celebrando Chanucá

Ano após ano, à época de Chanucá, as luzes são acesas em todos os lares judaicos para celebrar os acontecimentos daqueles dias, com cânticos de louvor a D'us. assim, os caminhos de Israel são iluminados pela mensagem eterna: "a luz espiritual de Israel nunca será apagada".

A festa de Chanucá inicia-se no dia 25 de Kislev, este ano dia 4 de dezembro, à noite, e o acendimento das velas vai até 2 de Tevet - 11 de dezembro, à noite. Desde a histórica vitória dos macabeus sobre os assírios, ocorrida em 165 a.e.c., os judeus celebram Chanucá durante oito dias.

A festividade comemora a preservação do espírito de Israel. Assim sendo, celebra-se Chanucá apenas espiritualmente, não havendo outros mandamentos a respeito. Além disso, durante os oito dias da festa, é proibido qualquer forma de luto público ou jejum, podendo-se, no entanto, trabalhar. A chanuquiá - candelabro de oito braços especial da festividade - deve ser acesa diariamente após o aparecimento das estrelas, com exceção da véspera do Shabat. Qualquer material incandescente pode ser usado para acendê-la, mas deve-se preferir a luz intensa do azeite ou de velas de cera ou parafina, grande o bastante para permanecer ardendo no mínimo por meia hora. Por isso, se uma vela apagar durante esse tempo - com exceção da noite de Shabat, recomenda-se reacendê-la. Num lugar de destaque, no candelabro, há uma outra vela auxiliar, de preferência de cera, chamada shamash. Algumas comunidades usam o shamash para acender as demais velas; outras, uma vela adicional.

Na sexta-feira à noite, véspera do Shabat, as velas devem ser acesas antes do pôr-do-sol e antes de se acenderem as velas de Shabat . Nesse dia devem ser usadas velas maiores, para que ardam até meia-hora após o início do Shabat. Na noite seguinte, as velas de Chanucá só podem ser preparadas e acesas após o término do Shabat e a Havdalá.

Na primeira noite, acende-se à vela da extrema direita e, em cada noite subseqüente, acrescenta-se uma nova do lado esquerdo da primeira e, assim, sucessivamente. A 1ª vela a ser acesa é sempre a nova, procedendo-se da esquerda para a direita. Na segunda noite, por exemplo, acendem-se duas. A primeira vela deve ser colocada do lado direito da chanuquiá e a segunda é adicionada à esquerda da primeira. É esta vela nova a primeira a ser acesa. Durante os oito dias, uma nova luz é adicionada, noite após noite, até completar as oito. Por ter um propósito sagrado, a luz da chanuquiá não poderá ser usada para nenhum outro fim, como trabalho ou leitura.

Todos os membros da família devem estar presentes na hora de acender o candelabro. Desde que possam pegar com segurança uma vela, as crianças têm o mérito de participar, acendendo-as após ter sido acesa a primeira vela da noite. Aqueles que moram sozinhos devem ter suas próprias chanuquiot. As mulheres têm a mesma obrigação; portanto, em um lugar onde só há mulheres ou se o marido estiver viajando ou chegar tarde demais, cabe à mulher acender as velas e pronunciar as bênçãos. Nossos sábios enfatizavam a importância da participação feminina na cerimônia, pois grande parte da milagrosa vitória militar dos judeus sobre seus inimigos se deve a Yehudit. Rabi Yehoshua Ben-Levi diz: "As mulheres são obrigadas a cumprir a mitzvá de Chanucá, pois elas também são parte do milagre".

Quando o povo de Israel não vivia disperso entre outros povos, as luzes eram acesas na parte externa das casas, à esquerda de quem entra, ou seja, em frente a mezuzá. Atualmente, há vários costumes sobre onde se deve colocar a chanuquiá. Alguns a colocam sobre uma mesa na janela que dá para a via pública ou no lado esquerdo da porta de entrada, em frente a mezuzá. Outros a colocam em lugar especial, na sala. Devem ser colocadas em uma altura entre três e dez palmos do chão, porém não mais de 9,6 metros, em lugar especial, isolado e de destaque.

Nas sinagogas, onde também se acendem as velas para disseminar as lições do milagre, a chanuquiá deve estar na mesma posição do candelabro do Templo de Jerusalém. Mas o acender das velas na Casa de Orações não nos exime da obrigação de acendê-las em casa.


Acendendo a chanuquiá

Primeiro, acende-se o shamash, depois pronunciam-se as seguintes bênçãos:


Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, asher kideshánu bemitsvotav, vetsivánu lehadlic ner Chanucá.

Bendito sejas Tu, A-do-nai, nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificaste com Teus mandamentos, e nos ordenaste acender a vela de Chanucá.



Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, sheassá nissim laavotênu, bayamim hahêm, bazeman hazê.

Bendito sejas Tu, A-do-nai, nosso D’us, Rei do Universo, que fizeste milagres para nossos antepassados, naqueles dias, nesta época.

Na primeira noite, depois de recitar as duas bençãos recita-se o shehecheyánu:


Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, shehecheyánu vekiyemánu vehiguiyánu lazeman hazê.

Bendito sejas Tu, A-do-nai, nosso D’us, Rei do Universo, que nos deste vida, nos mantiveste e nos fizeste chegar até a presente época.



Na segunda noite e em todas as outras subseqüentes recita-se:


Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, asher kideshánu bemitsvotav, vetsivánu lehadlic ner Chanucá.

Bendito sejas Tu, A-do-nai, nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificaste com Teus mandamentos, e nos ordenaste acender a vela de Chanucá.


Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, sheassá nissim laavotênu, bayamim hahêm, bazeman hazê.

Bendito sejas Tu, A-do-nai, nosso D’us, Rei do Universo, que fizeste milagres para nossos antepassados, naqueles dias, nesta época.

Em seguida, acendem-se as velas da chanuquiá com o shamash.

Após acender as velas, coloca-se o shamash à esquerda da chanuquiá, de modo que fique mais alto do que as chamas da chanuquiá, e recita-se:


Hanerot halálu ánu madlikim al hanissim veal hapurkan veal haguevurot veal hateshuot, veal haniflaot, sheassíta laavotênu, bayamim hahêm, baeman hazê, al yedê cohanêcha hakedoshim. Vechol shemonat yemê Chanucá, hanerot halálu côdesh hem, veen lánu reshut lehishtamesh bahen êla lir otan bilvad, kedê lehodot lishmecha, al nissêcha, veal nifleotêcha, veal yeshuotêcha.

Acendemos estas luzes em virtude das redenções, milagres e feitos maravilhosos que realizaste para nossos antepassados, naqueles dias, nesta época, por intermédio de Teus sagrados sacerdotes. Durante todos os oito dias de Chanucá, estas luzes são sagradas, não nos sendo permitido fazer qualquer uso delas, apenas mirá-las, a fim de que possamos agradecer e louvar Teu grande nome, por Teus milagres, Teus feitos maravilhosos e Tuas salvações.


Costuma-se colocar a chanuquiá sobre uma mesa no lado esquerdo da porta de entrada, frente a mezuzá, ou na janela que dá para a via pública.

1ª noite 25/Kislev Terça-feira, 4 de dezembroa partir de 20:02 h
5ª noite 29/KislevSábado, 8 de dezembroa partir de 20:25h, após a Havdalá

2ª noite 26/KislevQuarta-feira, 5 de dezembroa partir de 20:03h
6ª noite 30/KislevDomingo, 9 de dezembroa partir das 20:05h

3ª noite 27/KislevQuinta-feira, 6 de dezembroa partir de 20:03h
7ª noite 1/TevetSegunda-feira, 10 de dezembroa partir das 20:06h

4ª noite 28/KislevSexta-feira, 7 de dezembroàs 19:16, antes de acender as velas de shabat
8ª noite 2/TevetTerça-feira, 11 de dezembroa partir de 20:06 horas


Perguntas e respostas sobre: As Luzes de Chanucá.
A que horas devemos acender as velas de Chanucá?
As luzes devem ser acesas após anoitecer. Algumas autoridades aconselham acendê-las logo do pôr do sol. Outras, de 13 a 40 minutos mais tarde. Entretanto, se alguém não tem a possibilidade de acendê-las depois do anoitecer, pode fazê-lo antes, com a condição de que as velas fiquem acesas durante pelo menos meia hora depois da saída das estrelas.
Onde devemos colocar a chanuquiá?
O Talmud ensina que a chanuquiá deve ser colocada ao lado da porta de entrada, de tal forma que fique do lado esquerdo da pessoa que estiver entrando na casa. A mezuzá fica do lado direito.
Atualmente, costuma-se colocar a chanuquiá dentro de casa, sobre uma mesa, em lugar especial. Em certas comunidades a mesa, é colocada perto de uma janela, de frente para a rua, para cumprir com o mandamento de propagar o milagre. Em outras, no lado esquerdo da porta de entrada, frente à mezuzá. Ou, ainda, há quem coloque a chanuquiá em uma mesa baixa para que as crianças alcancem as velas.
Há alguma lei que determine que a mulher ou o homem deva acender a luz de Chanucá?
Todas as pessoas devem cumprir o preceito de acender as velas, portanto mulheres e homens são igualmente obrigados a acender as luzes de Chanucá.
Podemos ler aproveitando a luz da chanuquiá?
Não. As velas da chanuquiá não podem ser usadas para nenhum outro propósito, senão o de propagar o milagre de Chanucá. Assim, não podemos, por exemplo, jantar aproveitando a luz da chanuquiá.
É verdade que não se pode trabalhar enquanto as luzes estiverem ardendo?
Nossa atenção deve estar centrada na luz durante a meia hora em que ardem as velas. Por isso, as mulheres costumam não fazer tarefas domésticas durante o tempo obrigatório do acendimento das velas.
Podemos acender as demais luzes com uma das luzes da chanuquiá?
É proibido usar uma luz que representa uma noite de Chanucá para acender as demais ou para qualquer outro propósito. Para isto, utiliza-se o shamash.
O que fazer se uma das luzes da chanuquiá se apagar ?
Depende do local onde a chanuquiá estiver e se é shabat. Se o lugar onde colocamos a chanuquiá é o adequado, já que a mitzvá é o ato de acender as velas, e uma delas se apagar depois da bênção, não há necessidade de reacendê-la. Mas se o lugar onde foi colocada a chanuquiá não é um local adequado, somos obrigados a reacendê-la. No shabat não podemos reacendê-la.
O que fazer se a luz do shamash se apagar?
Se não for shabat, poderá ser reacesa usando fósforos ou outra vela, mas nunca uma das luzes da chanuquiá.
Podemos apagar as luzes da chanuquiá?
Sim, após estas ficarem acesas o tempo mínimo,ou seja, meia hora após a saída das estrelas. Só no shabat é proibido apagá-las.
Na sexta-feira, quando temos que acender as velas?
Na sexta-feira à tarde, logo antes de acender as velas de shabat. Como precisamos acendê-las 18 minutos antes do início do shabat, é melhor usar naquele dia velas maiores para a chanuquiá, para que durem pelo menos meia hora após a saída das estrelas.
E no sábado? Acende-se antes ou depois da Havdalá?
A maioria das autoridades rabínicas recomenda acender a chanuquiá após a Havdalá, já que esta é o término do Shabat. Em cada lar, deve-se acender a chanuquiá depois da Havdalá. Somente na sinagoga a chanuquiá pode ser acesa antes da Havdalá.